Início Empresas Aéreas

Em meio à crise, Etihad permite que pilotos voem para a Emirates

A Etihad Airways, segunda maior companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, divulgou um comunicado interno falando sobre a possibilidade de seus pilotos trabalharem temporariamente para a sua principal concorrente na região, a Emirates Airlines.




A empresa árabe baseada em Abu Dhabi tem passado por diversos problemas financeiros e reportou na semana passada um prejuízo anual de $1.5 bilhões de dólares. Desde 2016 a empresa tem tentado mudar o seu plano de negócios para voltar à rentabilidade.

A situação piorou com a falência da Air Berlin no ano passado, em que a Etihad era grande acionista. Outras companhias que a Etihad investiu dinheiro também geraram prejuízo, como a Alitalia.

O acordo também ajudará a Emirates, que possui uma grande falta de pilotos que resultou em 46 aeronaves paradas e na maior seleção da história da empresa, que foi feita no Brasil.

A Etihad emprega em torno de 2.200 pilotos e é esperado que apenas uma pequena parte trabalhe para a Emirates. No e-mail interno, a Etihad diz que os pilotos interessados deverão fazer uma inscrição sem compromisso, mas caso sejam selecionados e desejem ir para a Emirates, irão reter os benefícios de senioridade da Etihad, ficando em licença num período de no máximo 2 anos.

Na Emirates os pilotos irão receber o salário integral que a companhia rival de Dubai paga aos seus pilotos. Ambas as companhias possuem uma frota bem parecida, com aeronaves Airbus A380 e Boeing 777.

Em janeiro a Reuters reportou que a Etihad estaria oferecendo uma licença não-remunerada de 18 meses para seus pilotos. Um representante da companhia disse à agência francesa que esta ação “É algo que a Etihad Airways faz há anos com outras empresas parceiras pelo globo”.

Já a Emirates declarou que “está trabalhando com a Etihad em um segundo programa para alguns de seus pilotos”. Essa prática também foi feita no Brasil no auge da crise em 2015/2016, quando a Azul ofereceu oportunidade similar aos seus pilotos, que poderiam voar nas companhias do grupo chinês HNA. A LATAM, por sua vez, ofereceu oportunidades na Turkish Airlines.

Com informações do New York Times.
Sair da versão mobile