Na última quarta-feira, 22 de janeiro, o rei holandês Willem-Alexander chamou a atenção da imprensa internacional por chegar a um encontro de líderes pilotando o avião oficial do governo local: o Boeing 737 Business Jet de registro PH-GOV.
O rei e sua comitiva voaram de Amsterdã para Tel Aviv, onde esteve a convite do presidente israelense Reuven Rivlin para participar do Fórum Mundial do Holocausto.
Paixão de rei
A paixão do rei por ser piloto não vem de agora. Na verdade, esse sempre foi um sonho de juventude tornado realidade, que teve o incentivo de sua mãe, a rainha Beatrix, que abdicou o trono em 2013. Além de voar o avião do governo em algumas ocasiões, o rei Willem-Alexander trabalha há 23 anos na KLM como “piloto convidado” e, desde que assumiu o trono, exerce a função no cockpit em paralelo às suas atividades reais.
Na KLM, ele começou pilotando aeronaves Fokker 70 da Cityhopper, subsidiaria regional da empresa, que possui 54 rotas de curta distância na Europa. Atualmente, duas vezes por mês, o rei atua como copiloto do Boeing 737 da KLM.
Em uma entrevista concedida a um jornal holandês, o rei declarou que acha simplesmente fantástico o fato de voar em uma linha comercial transportando passageiros, sendo uma espécie de hobby, mas que lhe faz se concentrar completamente nos comandos do avião e se colocando como responsável por levar com segurança sua tripulação e passageiros. Ele também afirmou que sonha um dia poder pilotar o Boeing 747.
Em outro momento da entrevista, ele declarou que nunca mencionou seu nome em comunicados feitos aos passageiros, e raras vezes chegou a ser reconhecido pela voz ou quando transitava pelos corredores dos aeroportos usando seu uniforme e seu quepe da KLM.
Não é de hoje que a realeza mundo afora resolve se aventurar na carreira de piloto. O sultão de Brunei pilota seu próprio Boeing 747, o príncipe William foi piloto socorrista de helicóptero da Força Aérea Inglesa e seu irmão, príncipe Harry, serviu no Afeganistão como piloto de helicóptero Apache, isso sem deixar de lado o rei Abdullah, da Jordânia, que também é piloto.
