Negociações entre a Embraer e a TAAG de Angola estão em andamento para a compra de jatos E195-E2 para renovação da frota da aérea africana. e o negócio pode ser viabilizado pelo BNDES.
O negócio, segundo reportou o jornal português Dinheiro Vivo, poderá ser viabilizado com um financiamento do brasileiro BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento. Por agora, ele incluiria uma encomenda de seis jatos E195-E2 avaliados em R$250 milhões de dólares a preço de tabela, sem descontos.
“Temos interesse em trabalhar com a empresa aérea angolana TAAG, que tem alguns aviões que estão a atingir a idade de substituição, e nós temos o E195-E2, que chamamos de ‘Profit Hunter’, que acreditamos ser o ideal”, afirma Raul Villaron, vice-presidente da Embraer para África e Oriente Médio.
Crédito para que te quero
O BNDES é normalmente utilizado para vendas diretas aos clientes finais da Embraer no exterior. Um exemplo disso foi a venda do E190-E1 para a estatal venezuela Conviasa. Entretanto, nenhuma empresa aérea brasileira utiliza o intrumento de financiamento do BNDES que, segundo fontes do setor, não tem taxas competitivas quando comparáveis ao mercado de leasing.
O executivo da Embraer afirmou que o banco estatal brasileiro está disposto a conversar com a TAAG para um possível financiamento. É importante salientar, porém. que o financiamento do BNDES é uma forma de incentivar as exportações da Embraer, já que esse crédito a empresas de alto risco como a TAAG ou a Conviasa têm um custo alto de alocação de linha, sem contar o risco de inadimplência.
A frota atual da TAAG Angola é composta apenas de aviões Boeing, sendo cinco 737-700 e oito do grande 777 para voos intercontinentais. Estes 737-700 seriam substituídos pelos Embraer E195-E2, enquanto que, por outro lado a empresa aérea vem negociando com a Boeing há algum tempo a compra de alguns 787 Dreamliner para substituir os 777.
Segundo Raul, o negócio ainda está na fase de “namoro”, com apenas negociações iniciais mas a perspectiva é boa. A Embraer tem conquistado algumas vendas na África, recentemente, como as encomendas da Air Peace e da Mauritania Airlines.
