Emirates para demissões, mas nega que três comissários tenham se suicidado

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Junto com as demissões em massa que a Emirates promove nessa semana vêm muitos boatos. Nessa quinta-feira (11), tomaram as redes sociais informações de que a empresa havia parado com os desligamentos após três comissários haverem se suicidado.

Foram vários posts no Twitter relatando o acontecimento, alguns deles respondidos diretamente pela empresa aérea.

Um dos usuários do microblog afirmou que três comissários de bordo da companhia aérea se suicidaram no Dubai Silicon Oasis na quinta-feira. Outro usuário afirmou que sete funcionários da Emirates cometeram suicídio nos últimos dois dias. As postagens rapidamente rodaram o mundo e atingiram os 20.000 tripulantes da empresa aérea.

Com pressa, a companhia aérea Emirates negou e respondeu a alguns dos usuários diretamente, como no exemplo abaixo. “Podemos confirmar que as notícias são falsas e pedir para não espalhar boatos”, disse a companhia aérea de Dubai.

Demissões em massa

Na terça-feira, centenas de comissários e pilotos receberam um convite para uma reunião intitulada “Business Update” (Atualização de Negócios, em português). Nela, eles receberam uma carta informando que seus trabalhos estavam sendo considerados redundantes e que deixariam a empresa em setembro, citando o impacto severo da pandemia em todo o setor de aviação como motivo da demissão.

Embora a empresa não tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto, fontes disseram à mídia internacional que até 7.000 pessoas estão sendo afetadas.

Um fato interessante nessa história toda é que a Reuters foi a primeira mídia no mundo a dar a notícia sobre os cortes na Emirates, o que foi rapidamente refutado pela empresa aérea, não diretamente, mas através de toda a mídia dos Emirados Árabes. Acontece que, menos de um mês depois do reporte da Reuters, o fato de materializou.

Pausa nas demissões

Segundo matéria do PYOK, fontes disseram que o presidente e CEO do Grupo Emirates, Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, interrompeu as demissões em massa porque estava descontente com a forma como as negociações estavam sendo tratadas. Embora muitas equipes tenham tido reuniões individuais, houve relatos de algumas sessões de desligamento em grupo, de maneira constrangedora.

De qualquer maneira, o CEO também tem sido largamente criticado. Até algumas semanas atrás, muitos tripulantes disseram ter sido levados a acreditar que cortes salariais seriam suficientes para evitar demissões na companhia aérea. Um piloto chegou a comentar que não houve transparência da diretoria e que se sentiu enganado por falsas promessas.

Os membros da tripulação que foram despedidos têm acesso a uma linha telefônica dedicada para aconselhamento e apoio. Aqueles que forem despedidos também permanecerão empregados pelos próximos três meses, para que tenham tempo de organizar suas vidas. Durante esse período, eles terão acesso aos serviços médicos oferecidos pela companhia aérea como parte de seus benefícios contratuais.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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