Como empresa global, a Emirates se vê muito afetada pela pandemia, uma vez que fronteiras do mundo todo foram fechadas, algumas reabertas, outras possuem condições especiais. E isso impõe uma necessidade de adaptação nunca antes vista na história recente da empresa aérea, que transformou Dubai num centro de conexões para o mundo.
Por conta disso, o diretor de operações da companhia Adel Ahmad Al Redha, disse à Reuters em entrevista que “vamos precisar redefinir parte do modelo operacional porque certamente o que costumava funcionar para nós no passado não vai funcionar para nós daqui para frente”.
Outro tema citado por Al Redha foi a possibilidade da empresa operar com aeronaves menores. “Daqui para frente não podemos sustentar a operação a longo prazo nesse tipo de frota. Precisamos injetar o tipo menor”, disse Al Redha.
A Reuters cita que a Emirates opera uma frota só de widebodies (aeronaves de corpo largo) e que tem outras menores encomendadas para após 2023, embora isso não seja uma verdade, já que o livro de pedidos da empresa contém apenas aeronaves de grande porte (Airbus A350, A380 e Boeing 787, 777X).
De qualquer maneira, a fala do diretor sobre a possibilidade de operar aeronaves menores, de um corredor, pode ser um presságio do que pode vir a acontecer e que poderia ser uma grande reviravolta na estratégia de anos da companhia. É certo que vários aviões devem ser aposentados, inclusive alguns dos gigantes A380.
Além disso, o executivo falou sobre uma maior aproximação com a flydubai, que tem uma frota padronizada em Boeing 737 e que pode servir ainda mais de feeder line para os voos da Emirates.