A companhia aérea Emirates, de Dubai, reverteu neste domingo, 22 de março, sua decisão de suspender todos os voos de passageiros, logo após dizer que interromperia por completo as operações a partir de 25 de março em meio ao surto de COVID-19.
A companhia aérea disse que “recebeu pedidos de governos e clientes para apoiar o repatriamento de viajantes” e continuará operando voos de passageiros para 13 destinos, frente aos 159 habituais.
Assim, poucas horas depois do comunicado anterior, a Emirates afirmou que continuará a voar para o Reino Unido, Suíça, Hong Kong, Tailândia, Malásia, Filipinas, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Austrália, África do Sul, Estados Unidos e Canadá.
“Continuamos acompanhando a situação de perto e, assim que as coisas permitirem, restabeleceremos nossos serviços”, disse o presidente e CEO do Emirates Group, Sheikh Ahmed bin Saeed Al-Maktoum.
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram na sexta-feira suas duas primeiras mortes pela doença COVID-19, tendo relatado 153 infecções até agora, das quais 38 pessoas se recuperaram.
Maktoum disse que, até janeiro deste ano, o Emirates Group estava “indo bem” em relação às metas atuais do exercício, mas “a COVID-19 trouxe tudo isso a uma parada repentina e dolorosa nas últimas seis semanas”.
“O mundo literalmente entrou em quarentena devido ao surto de COVID-19”, disse ele.
A Emirates também anunciou que reduzirá os salários básicos da maioria dos funcionários entre 25 e 50% por três meses, mas não cortará empregos. “Em vez de pedir aos funcionários que deixem o negócio, optamos por implementar um corte salarial básico temporário, pois queremos proteger nossa força de trabalho”, disse Maktoum. “Queremos evitar cortes de empregos”.