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Emirates se desfaz de seu último Boeing 777-300

A Emirates informou em mídia social que aposentou formalmente o último Boeing 777-300 de sua frota na última sexta-feira, 6 de setembro de 2019, quase um ano após o último voo comercial da aeronave.

Emirates 777-300 A6-EMX
A6-EMX, o último 777-300 da Emirates – Foto Saeed Al Ali

O Boeing de matrícula A6-EMX e número de série 32702, de 16,3 anos de idade, operou o último voo comercial em 27 de outubro de 2018, partindo do aeroporto Amã Queen Alia para o aeroporto internacional de Dubai, onde foi armazenado. Posteriormente, foi transferido para o novo aeroporto Dubai World Central, o gigantesco projeto cuja conclusão está agora suspensa, conforme divulgamos aqui no Aeroin.

Segundo a publicação da Emirates, o A6-EMX foi recebido em 25 de junho de 2003, e desde então realizou 14.961 voos em um total de 61.375 horas, tendo estreado em um voo para Londres.

Segundo dados do Flightradar24, em 16 de julho de 2019 o 777 foi transportado para Xiamen, na China, mas ainda permaneceu como propriedade da Emirates.

Agora, com o anúncio feito pela companhia árabe, seu último 777-300 deve se juntar à frota da Cathay Pacific.

A partir de agora, em termos da família 777, a companhia aérea dos Emirados continua a operar 134 Boeing 777-300ER (Extended Range), dez Boeing 777-200LR (Long Range) e onze Boeing 777F (cargueiro), e mais duas unidades alugadas da Etihad Airways.

Além da frota ativa, a Emirates também possui pedidos firmes de 150 unidades do novo Boeing 777X, sendo 35 unidades da variante 777-8 (cujo desenvolvimento foi suspenso por tempo indeterminado pela Boeing) e 115 unidades da variante 777-9, e mais seis unidades do 777-300ER.

777X com pontas de asa da Emirates flagrado na fábrica – Imagem: Paine Airport

Enquanto isso, o presidente da Emirates, Tim Clark, disse durante uma entrevista à imprensa no Festival de Aviação em Londres que a companhia aérea começaria a aposentar seus Airbus A380-800 em breve. As duas primeiras unidades, inclusive, já foram tiradas de serviço.

“Você começará a ver os A380 saindo da nossa frota por vários motivos. Eles estão sendo programados mês a mês sob uma agenda de aposentadoria que já está bem planejada. Os dois estão se aposentando porque temos uma grande revisão se aproximando, sendo melhor retirar as aeronaves mais antigas e utilizar seus trens de pouso para outras aeronaves em vez de comprar um trem de pouso novo de US$ 25 milhões”, disse Clark.

Atualmente, a Emirates opera 112 A380-800, quase metade de todas as unidades do tipo ativas globalmente. No início deste ano, a empresa disse que reduziria seu pedido para o A380 de 162 unidades para 123, levando a Airbus a anunciar o fim da produção do modelo em 2021.

Airbus A380 da Emirates

Clark também disse que a companhia aérea não aceitaria entregas dos Boeing 777-8 e -9 a menos que a General Electric resolvesse todos os problemas com os motores do modelo.

Clark acrescentou que os problemas com os motores Rolls-Royce têm impedido até agora a companhia de firmar seu compromisso por quarenta A330-900 e trinta A350-900 anunciados no início deste ano.

A Emirates assinou um compromisso para quarenta B787-10 em 2017, mas até agora não a confirmou e recentemente parou de mencionar o acordo em seus relatórios financeiros, embora também não tenha explicitamente dispensado o pedido.

Com informações do ch-aviation.

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