Emirates tem enfrentado dificuldade para contratar novos tripulantes

A volta da demanda tem surpreendido algumas empresas aéreas, mas a falta de tripulantes não é uma exclusividade dos EUA.

Emirates SkyCargo Mulheres Pilotos
Imagem: Emirates

Enquanto as empresas americanas estão dando bônus de milhares de dólares para que tripulantes não furem a escala no final de ano, já que não conta com tantos funcionários que necessita, a Emirates também se vê num problema similar. Durante o Dubai Air Show na última semana, o presidente da Emirates, Tim Clark, afirmou que tem sido uma dor de cabeça ter o pessoal necessário para os voos.

“Não tem sido fácil para voltar tudo ao normal e ter pessoal na área. Muitos pilotos decidiram por sair da profissão, alguns estavam no seus 50 anos e provavelmente decidiram não voltar (a voar) por várias razões. Então estamos tendo que trabalhar um pouco mais na situação”, afirmou o executivo ao EuroNews.

Clark cita que apenas um gigante Airbus A380-800, o maior avião de passageiros do mundo e símbolo da empresa, necessita ao menos 24 comissários e 4 pilotos, e com 80 destes aviões ainda parados, tem que haver um minucioso planejamento para a retomada.

A Emirates demitiu uma boa parte de seus funcionários durante a pandemia, já que é uma empresa vive de conexões internacionais e qualquer fechamento de fronteira tem impacto direto e imediato em sua operação, levando dezenas de aviões a ficarem parados por meses.

O executivo não detalhou quais serão as ações da empresa para tentar atrair mais pessoal, seja quem saiu ou pessoas novas, para tripular os aviões. Até o momento não foi iniciado nenhum dos tradicionais road-shows de recrutamento que a empresa fazia antes da pandemia ao redor do mundo.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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