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A fabricante de aviões Airbus entrou com processo na justiça para a cobrança de cerca de US$ 814 milhões em ressarcimento por reservas de produção feitas por uma empresa aérea que não suportou a crise e entrou em processo de insolvência.
A referida companhia é a Czech Airlines (ČSA), da República Tcheca e desde 2018 pertencente ao Grupo Smartwings, que, segundo o portal tcheco E15, em fevereiro deu entrada em seu pedido de insolvência, porém, reportando dívidas de apenas US$ 86 milhões (na moeda local, CZK 1,8 bilhão).
O processo da Airbus diz respeito aos pedidos de quatro A220-300 e três A321XLR feitos pela empresa aérea em 2019, que começariam a ser entregues ao final de 2020, mas cujas reservas nunca foram pagas.
A Airbus afirma nos documentos que a ČSA não lhe pagou as faturas, no atual valor de CZK 6,4 bilhões após compensação dos juros de mora. Uma dessas faturas deveria ser paga pela empresa tcheca em dezembro de 2019. Outros CZK 2,1 bilhões ainda devem ser pagos pela companhia tcheca sob os mesmos contratos, mas a data de vencimento ainda não ocorreu.
Com isso, no total, os recebíveis da Airbus valem aproximadamente CZK 8,5 bilhões. Além disso, a fabricante também relatou que a Czech Airlines terá de reembolsar outros CZK 8,5 bilhões se rescindir os contratos de compra, totalizando CZK 17 bilhões, ou US$ 814 milhões.
Segundo um porta-voz da ČSA, o valor referente à Airbus não havia sido incluído no processo de insolvência porque os contratos com a fabricante eram segredo comercial.
O responsável contratado pela companhia aérea para administrar seu processo de insolvência, Michael Šefčík, da Inskol, informou que pode levar algum tempo até que o pedido da Airbus seja avaliado para validação, pois cerca de outros 5.500 credores já registraram pedidos de pagamento à Czech e espera-se que esta lista continue a crescer.
