A aviação executiva foi um dos poucos setores da economia a apresentar resultado positivo durante a pandemia da Covid-19. O modelo permite uma viagem exclusiva para o passageiro ou com poucos tripulantes, diminuindo as chances de contágio da doença.
A principal empresa no mundo neste segmento é a VistaJet, que despontou no mercado durante os últimos anos e se tornou o primeiro unicórnio do mercado de aviação privada do mundo, com um valor de US$2,5 bilhões, crescimento que foi possível, principalmente, por seu investimento em tecnologia. (Nota: são chamadas de “unicórnios” as empresas que conseguem ser avaliadas em 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores).
Para sua transformação digital, a VistaJet contou com a Monitora, empresa de TI da cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, que produz softwares por demanda. Ela foi acionada para ser o braço estratégico na implementação da transformação digital da empresa, produzindo equipamentos com o intuito de diminuir a complexidade dos processos e agilizar o atendimento.
Um exemplo prático do impacto dos softwares foi a aceleração do check-in. Antes da Monitora, essa ação demorava 30 minutos para ser feita. Após a atualização do aplicativo, principalmente mudando a tecnologia para android e implementando o sistema NFC, que é a comunicação por campo de proximidade, o check-in passou para um tempo de 5 a 10 segundos.
“A parceria com a VistaJet foi muito desafiadora para nós, primeiramente por questões culturais dos países envolvidos, como Inglaterra, Malta, Ucrânia, Bulgária e Paquistão, além do fuso horário”, explica Marcos Chiodi, diretor executivo da Monitora.
“Também tivemos que nos adaptar a um ambiente de desenvolvimento de software que precisa atender a um dos mercados mais regulados do mundo, ficando atrás apenas de saúde e alimentação. Para diminuir essas diferenças, nós enviamos 10% dos colaboradores até a central da VistaJet, em Malta. Outra ação foi oferecer cursos de inglês para os envolvidos no projeto”, complementa o diretor executivo.
Outro objetivo principal que a VistaJet tinha apontado ao entrar em contato com a Monitora foi se tornar o “Uber da Aviação”, colocando aeronaves em todas as partes do globo. Para ajudar a alcançar este objetivo, a empresa são-carlense criou um software GDS, que permitia mapear onde todas as aeronaves da marca estavam presentes, sendo fundamental para o planejamento de viagens e cobertura do globo.
Além disso, também foi realizada a atualização do software da VistaJet que monitorava todos os processos da empresa, e com essa atualização, todo o procedimento de voo foi automatizado, garantindo ainda mais agilidade e eficiência para a empresa.
Além de seu crescimento tecnológico e maior eficiência em seus processos, a estabilidade de seu mercado desde o início da pandemia também foi positiva para o crescimento da VistaJet, o que não foi possível ver no mercado de voos tradicionais, onde grandes empresas tiveram que diminuir suas escalas, encerrar as operações ou compartilhar voos.
“O mercado de voos privados evita a aglomeração de pessoas, o que foi fundamental para a escolha de pessoas que podem pagar por esse tipo de serviço. Além disso, toda a transformação tecnológica realizada pela empresa foi fundamental para seu planejamento de viagens, aumentando sua escala de voos”, explica Marcos Chiodi.
A Monitora firmou a parceria com a VistaJet no ano de 2011. Naquele momento, ela tinha apenas duas aeronaves e um valor de mercado de US$100 milhões. Devido a sua transformação digital, além de outros fatores positivos, atualmente seu valor saltou para 2,5 bilhões de dólares.
“Acredito que a VistaJet não esperava toda essa transformação quando fechou com a gente, principalmente em um mercado tão segmentado e luxuoso. A empresa tinha, sim, a expectativa de aumentar a cartela de clientes e transformar seus processos, mas conquistamos muito mais que o acordado. Com certeza é um de nossos maiores cases de sucesso na Monitora”, conclui Chiodi.
A Monitora atua desde 2010 como uma empresa de desenvolvimento de softwares personalizados para diferentes negócios, focada no outsourcing de serviços, atendendo a necessidade digital de diversos players nacionais e internacionais. O portfólio inclui mais de 17 clientes, entre eles VistaJet, Latam, Embrapa, Movida, Serasa Experian, Deloitte, Bild, entre outros.
Através de seu P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), a empresa atuou no fomento e desenvolvimento de três marcas: MedicalBox, Gryfo e AliveTech, que possuem como principais diferenciais o uso de IoT (Inteligência das Coisas), Inteligência Artificial e wearable.
Informações da Monitora
