Tem um famoso ditado corporativo que diz “cada um que faça sua limonada com o limão que tem nas mãos”. Aparentemente, é isso o que a British Airways está fazendo ao adicionar os seus Boeing 787-10 novinhos em folha, e que nunca levaram um passageiro sequer, à sua frota de carga, segundo uma nota recente divulgada pela empresa e replicada na imprensa britânica.
Mas a grande incógnita é entender o porquê de a empresa britânica não ter usado outras aeronaves mais antigas nessas missões, quem sabe até o Boeing 747 que está para ser aposentado poderia ser usado. Mas a empresa alega que é por causa da capacidade do porão e a economia de combustível, potencializando os resultados.
A companhia salienta que o design mais comprido e o espaço otimizado do 787-10 resultam numa capacidade de até 13 paletes de carga no porão, com um peso máximo de reboque – o peso máximo para a aeronave ser manobrada – acima de 250 toneladas. Isso representa 22 toneladas a mais do que a capacidade do 787-8, que também tem sido operado como cargueiro pela BA e que fez vários voos ao Brasil recentemente.
O gerente de rede da IAG Cargo, Nic Nyamatore, disse que “o novo Boeing 787-10 oferece mais capacidade de carga na barriga, além de ser mais econômico em combustível – uma medida essencial para levar o frete de nossos clientes para onde eles precisam”.
Atualmente, os dois 787-10 da frota (com média de um mês de idade) estão voando carga de e para os Estados Unidos, sobretudo Dallas e Seattle, operados em conjunto com os 777-300 e o 787-8. Em seus porões vão de tudo, desde cargas vivas, mercadorias diversas, medicamentos e produtos perecíveis, que precisam ser conservados com soluções de gelo seco.
