Esse país tentou tabelar as passagens aéreas, mas concluiu que não deu certo

A Autoridade de Aviação Civil do Vietnã propôs remover um limite para as passagens aéreas em rotas domésticas operadas pelas companhias aéreas do país, em um esforço para aumentar a concorrência elevando os padrões de serviço, relataram a Agência de Notícias do Vietnã e a mídia local.

Com isso, as transportadoras poderão definir seus próprios preços, o que ajudará o mercado a operar de acordo com a lei da oferta e da demanda, dando às companhias aéreas mais flexibilidade no ajuste dos preços das passagens, por exemplo, durante os períodos de pico.

“O preço teto limita a melhoria da qualidade do serviço para clientes que estão dispostos a pagar mais do que a tarifa teto. Ao mesmo tempo, também afeta a competitividade pela qualidade do serviço – um fator importante para o desenvolvimento sustentável das companhias aéreas”, explicou a autoridade.

Os tetos das passagens aéreas são atualmente decididos com base na distância, com cinco grupos de rotas variando US$ 69 e 163). As novas regras se aplicariam apenas a rotas regulares onde três ou mais companhias aéreas estão competindo, e o limite continuaria a existir em outras rotas.

Também é esperado que as autoridades também devem aumentar a supervisão para evitar que as companhias aéreas criem um cartel, isto é, concordando secretamente entre si para aumentar os preços das passagens, em detrimento dos clientes, advertiu.

Do outro lado, nem tudo são flores. O VN Express reporta que a sociedade estaria preocupada com a queda da regra da tarifa teto, dado o medo de que isso possa encarecer demais a passagem. Pessoas ouvidas sugerem que o governo não tire a regra de uma vez, mas que aumenta gradativamente o teto das tarifas.

Sempre há os dois lados da moeda.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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