Às 19h22, horário local do sábado (15), o voo inaugural da Conviasa, proveniente de Caracas, era recebido com festa no Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscou. Um fato repleto de simbolismo político, considerando os laços existentes entre a Rússia e a Venezuela, informa o Aviacionline.
Inicialmente, a Conviasa operará um voo de ida quinzenal, às sextas-feiras, com jatos Airbus A340. No sentido contrário, o voo partirá do aeroporto de Vnukovo aos domingos às 21h45, pousando em Caracas às 16h15 do dia seguinte, após 13 horas e 30 minutos de voo. As tarifas começam em US$ 1.800, ida e volta, chegando a US$ 7.684 ida e volta na Executiva.
Foi assim que o Airbus A340-300 da companhia aérea estatal venezuelana chegou ao aeroporto russo ontem:
“Em 2001, depois do encontro entre o Comandante Chávez e o Presidente Putin, iniciou-se um acelerado processo de intercâmbio comercial, técnico, político e militar que hoje deixa uma relação intensa entre os dois países. Este voo é um marco para a aeronáutica venezuelana, além das relações Caracas-Moscou”, disse o vice-ministro para a Europa do governo venezuelano, Yván Gil.
Ali Padrón, Ministro do Turismo da Venezuela, também destacou a importância estratégica deste voo para os dois países, visto que permitirá aumentar o nível de carga, a possibilidade de visitas diretas, turistas e as “já sólidas relações entre o governo e o povo da República Bolivariana da Venezuela e o governo e o povo da Federação Russa”.
“A abertura deste voo significa uma porta de entrada da Europa para a Venezuela. É um grande desafio que temos pela frente, trabalhar de mãos dadas com o Ministério dos Transportes, o Ministério das Relações Exteriores e outras entidades porque este é apenas o início das operações turísticas que vamos ter graças a esta conectividade”, concluiu o funcionário.
A expectativa inicial é transportar cerca de 2.000 passageiros por mês, para gradativamente adicionar frequências e chegar a 4.000. No início de maio, a Conviasa transportou um contingente de operadores turísticos russos para a Venezuela com o objetivo de informá-los sobre os principais destinos do país (nota do AEROIN: infelizmente, os números da aviação venezuelana não são tão claros e, portanto, será difícil auditar esses números).
Esta rota também abre uma nova possibilidade de conectividade com a Europa, dada a atual restrição que o governo venezuelano tem para voos internacionais, permitindo apenas operações regulares para Turquia, México, Panamá, República Dominicana, Bolívia e Rússia. Também existem voos autorizados de caráter “humanitário” a partir de Madrid.