A indústria da aviação sofreu mais do que a maioria dos demais setores com a pandemia destruindo a venda de passagens e o caixa das empresas aéreas. As companhias de todo o mundo reduziram drasticamente os voos devido a restrições nas fronteiras e à queda da demanda, os riscos de contágio e as quarentenas obrigatórias.
Com isso, cerca de 400.000 funcionários de companhias aéreas foram demitidos, suspensos ou informados de que poderiam perder o emprego devido ao coronavírus, segundo uma estimativa da Bloomberg, destacada em reportagem do Aviacionline.
British Airways, Lufthansa, Emirates e Qantas estão entre as operadoras que anunciaram milhares de demissões e programas de licença não remunerada. Muitos outros são esperados nos EUA depois que a proibição de cortes de empregos for suspensa no final de setembro, uma das condições para um resgate de US$ 50 bilhões do governo.
A Delta, a United e a American já avisaram (uma etapa de aviso formal chamada WARN, uma espécie de aviso prévio) cerca de 35.000 funcionários que seus empregos estão em risco. As perdas combinadas de pessoal do trio poderiam exceder 100.000 no final do ano. Até pilotos e tripulantes que conseguem manter seus empregos geralmente enfrentam cortes nos salários.
Por sua vez, a cifra de 400.000 empregos perdidos engloba as companhias aéreas de todo o mundo, e incluem pilotos e tripulantes de cabine, que se viram na linha de frente do combate ao vírus. O número foi compilado a partir de declarações das empresas, histórias da Bloomberg News e outros relatórios de várias mídias.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a perda de empregos em indústrias relacionadas, incluindo fabricantes de aeronaves, fabricantes de motores, aeroportos e agências de viagens, pode chegar a 25 milhões em todo o globo. O setor de hotelaria e hospedagem nos EUA estima que a proporção no ecossistema total seja de um em emprego perdidos para cada 7,5 na aviação.
