EUA e China iniciam ‘combate aéreo’ e afetam a aviação dos dois lados

Em retaliação a uma medida adotada pela China no começo de agosto, o Departamento de Transporte dos EUA (DOT) está restringindo o número de passageiros em uma série de voos operados pelas empresas Air China, China Eastern Airlines , China Southern Airlines e Xiamen Airlines ao longo de quatro semanas.

A medida americana é uma reposta à uma restrição imposta à United Airlines pela Administração de Aviação Civil da China (CAAC), após casos positivos de Covid-19 terem sido identificados em passageiros de voos da aérea estadunidense para Xangai. Como punição, a China deu à United quatro opções: cancelar dois voos na rota; operar dois voos sem passageiros; ou operar quatro voos internacionais com uma taxa de ocupação máxima de passageiros de 40%. A United escolheu a última.

A resposta americana veio na quarta-feira, 18 de agosto de 2021, quando o DOT emitiu uma comunicação em que limita coletivamente, ao longo de um período de quatro semanas, cada uma das quatro transportadoras chinesas atualmente prestando serviços de passageiros em rotas China-EUA a transportarem apenas 40% em vários de seus voos.

O DOT argumentou que, como as transportadoras norte-americanas seguiram todas as regulamentações chinesas relevantes com relação aos protocolos de pré-partida e de voo, elas não deveriam ser penalizadas como resultado de testes posteriores positivos dos viajantes.

A United Airlines disse estar satisfeita em ver esta ação em busca de justiça neste importante mercado. Segue assim para a aviação o mesmo modus operandi que ambos os lados têm tomado em questões econômicas diversas. Resta saber onde isso vai dar, lembrando que até agora a China não liberou o 737 MAX.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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