EUA propõe banir o termo ‘cockpit’ para combater sexismo e promover inclusão na aviação

Foto: United

O setor de aviação civil pode em breve promover uma linguagem mais inclusiva em um esforço para aumentar a diversidade. O sinal disso veio na última quarta-feira (24), quando um comitê consultivo da Federal Aviation Administration (FAA) divulgou um relatório recomendando que as companhias aéreas adotassem uma linguagem mais neutra em termos de gênero, removendo palavras como “Airman” e “Cockpit” de seus manuais. 

A FAA recomendou que as companhias aéreas substituam “Airman” por “Aviator” e “Cockpit” por “Command Cabin” ou “Flight Deck” em sua documentação. 

As palavras “Airman” ou “homem do ar” e “cockpit”, cuja composição da palavra poderia denotar algo relacionado ao órgão genital masculino (vulgarmente chamado de “cock”), estariam indo contra as práticas de inclusão.

“A pesquisa mostra que a utilização de uma linguagem geral neutra pode levar a um ambiente mais inclusivo que atrai mais pessoas para a indústria e ajuda a mantê-las lá“, disse o comitê em seu relatório. A mudança refletiria o que outras organizações fizeram para ser mais inclusivas em relação às mulheres. Em 2006, a NASA decidiu que toda a terminologia usada no programa espacial seria neutra em termos de gênero. 

A recomendação do comitê consultivo vem como resultado de um impulso do governo Biden por mais equidade na aviação – um setor que tem sido dominado por homens brancos. Embora muitas mulheres trabalhem como comissárias de bordo, há muito poucas mulheres como pilotos. Até o momento, cerca de 94% dos pilotos de avião são homens brancos, de acordo com dados do US Bureau of Labor Statistics.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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