Europa finalmente conclui que o Boeing 737 MAX é seguro e o libera para voar

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Através de uma Diretriz de Aeronavegabilidade (AD), a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) finalmente liberou, nessa quarta-feira, 27 de janeiro de 2021, o Boeing 737 MAX para voar na Europa.

A EASA, que atua como autoridade de certificação e segurança da aviação, retirou as restrições à aeronave Boeing 737 MAX por meio da AD 2021-0039. O documento define as etapas que os operadores devem concluir antes que o jato possa voltar a levar passageiros comercialmente. A maior parte delas são similares ao que se viu nos EUA e Brasil e incluem:

– A instalação de um novo software nos computadores da aeronave, incluindo o Flight Control Computer (FCC), separando fisicamente os fios elétricos que vão da cabine ao estabilizador horizontal;

– A atualização do Aircraft Flight Manual (AFM);

– Os pilotos devem fazer um novo e atualizado curso de treinamento, que inclui o voo no simulador; e

– As companhias aéreas terão que testar os novos sistemas, incluindo o novo sistema de ângulo de ataque (AOA) e realizar um voo de testes.

As diferenças de requisitos entre a EASA e a FAA são pequenas. Em adição ao acima, a EASA pediu que as operadoras aéreas instalem botões coloridos nos disjuntores para ajudar a tripulação a desabilitar o stick shaker, caso ele seja ativado indevidamente. Além disso, pousos de alta precisão com a aeronave não podem ser realizados, o que “deve ser uma restrição de curto prazo”, observou o regulador europeu.

Com a liberação, a EASA se junta à FAA, à Transport Canada (TC), à Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (ANAC), a Agência Federal de Aviação Civil do México (AFAC).

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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