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Um executivo sênior da Amazon Studios entrou com uma ação no Tribunal Superior de Los Angeles contra a famosa empresa de tecnologia, alegando que sua política de viagens “somente para econômica” era discriminatória, uma vez que suas condições médicas o impediam de viajar confinado na classe econômica em voos longos. O processo consta de uma matéria do portal jurídico Law360.
O problema veio à tona no final de 2019, quando o recém-contratado Chefe Global de Efeitos Visuais, Marc Sadeghi, foi convidado a fazer uma viagem de 14 horas de Los Angeles para a Nova Zelândia em um assento da classe econômica. No entanto, ele diz que só soube da política de viagens da Amazon depois de ser contratado.
Escoliose
Sadeghi, no entanto, sofre de escoliose e dor ciática e disse a seus chefes que viajar em poltronas confinadas em voos de mais de cinco horas pode ser um problema. Em geral, ele diz que cumpriu a política, mas quando apareceu o voo para a Nova Zelândia, ele fez o possível para conseguir um upgrade.
Apesar de dizer a seu chefe, Tim Clawson, que um voo tão longo poderia deixá-lo em agonia e forçá-lo a deixar o trabalho por alguns meses para se recuperar, Clawson simplesmente “deu de ombros”, sem fornecer nenhum conselho ou orientação adicional. Outro gerente sugeriu que Sadeghi obtivesse autorização médica para um upgrade, mas esse processo poderia ter levado meses – em vez disso, Sadeghi tinha apenas alguns dias para se preparar para sua viagem.
Com pouca ajuda de seus superiores, Sadeghi soube que era possível ser listado pela Air New Zealand para um upgrade gratuito. Ele pediu a sua secretária para colocá-lo na lista, mas poucos dias antes da partida ele soube que ela não o havia incluído na lista de upgrade.
Amigo da onça
A secretária, entretanto, comentou que o chefe dele, Tim Clawson, já havia pago por um upgrade no portão usando o cartão de crédito da empresa e, em seguida, resolvido o problema usando processos internos. Com o fim de semana chegando, Sadeghi usou seu cartão de crédito corporativo para pagar o upgrade para a Econômica Premium.
Mas em seu retorno, em vez de se encontrar com chefes para discutir suas descobertas de sua viagem, Sadeghi foi convidado a se encontrar com um executivo de Recursos Humanos que lançou uma série de questionamentos que incluiu: “Você já pediu à sua assistente para fazer coisas pessoais? Você já instruiu sua assistente a violar a política?”. Ele também foi acusado, afirma o processo, de mau uso de fundos da empresa – inclusive para o upgrade para a Economia Premium.
Sadeghi acredita que a secretária o perseguia – uma alegação com a qual ele não ficou totalmente surpreso porque já a havia flagrado gravando-o em um telefone celular.
Sadeghi foi demitido do Amazon Studios por várias infrações de política. Sadeghi, no entanto, afirma que a Amazon falhou em fornecer acomodações razoáveis para sua deficiência. Agora, o assunto será resolvido na justiça.
