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FAA emite Diretiva que afeta 1203 aviões da família A320 por falha no para-brisa

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Avião Airbus A320 A320ceo
Airbus A320 – Imagem: Laurent ERRERA from L’Union, France / CC BY-SA

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), que regulamenta a aviação norte-americana da mesma forma que faz a ANAC no Brasil, anuncia a emissão de uma nova Diretiva de Aeronavegabilidade que afeta mais de 1000 aviões da família Airbus A320 que operam nos EUA.

Segundo o documento da FAA, a Diretiva foi motivada por casos de rachaduras por fadiga em acessórios da continuidade da moldura inferior do pára-brisa. Os problemas foram relatados em aviões nos quais uma certa modificação de produção foi incorporada.

Uma análise adicional mostrou que certos requisitos de certificação para tolerância a danos e fadiga não são atendidos nos aviões em uma determinada configuração de modificação pós-fabricação. Com isso, inspeções serão necessárias para avaliação em cada aeronave.

A condição identificada pode levar à falha das conexões de continuidade no nó inferior da estrutura central do pára-brisa, possivelmente resultando na descompressão do avião e ferimentos nos ocupantes, informa a FAA.

A emissão norte-americana, que passa a ser efetiva em 2 de outubro de 2020, vem na sequência de uma Diretiva de Aeronavegabilidade da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), de número 2020-0005, inclusive referenciada no documento da FAA, que passou a ser efetiva em janeiro de 2020.

Porém, a agência norte-americana define alguns requisitos próprios, de forma que mesmo as aeronaves que já tenham cumprido as instruções europeias ainda terão que verificar as condições da nova Diretiva.

Impacto financeiro

Conforme analisou a FAA, 1203 aviões da família A320 são afetados pela Diretiva (não inclui a nova geração A320neo, mas apenas os A318, A319, A320 e A321). Com essa quantidade de jatos, associada ao custo da mão de obra de US$ 1,615 (R$ 8700) cada um, a Administração estima um valor de US$ 1,94 milhão (R$ 10,46 milhões) para cumprimento da inspeção.

Adicionalmente, cada um dos aviões nos quais a inspeção identificar necessidade de correções terá um custo final de cerca de US$ 411 mil (R$ 2,2 milhões) entre mão de obra e peças a serem adquiridas.

A inspeção

Os aviões afetados deverão ser submetidos ao método de inspeção por corrente parasita de alta frequência (HFEC na sigla em inglês), um método no qual se aplica uma corrente elétrica à estrutura para identificar se há trincas internas no material.

Depois da primeira inspeção, cada avião deverá ser novamente inspecionado de forma repetitiva, sempre em intervalos de no máximo 8300 ou 8800 ciclos de voo, conforme aplicabilidade definida na Diretiva da EASA.

No Brasil, a regulamentação define que operadores nacionais devem cumprir as Diretivas emitidas pela ANAC e pelo país de origem do fabricante do artigo, portanto, aviões da família A320 das companhias aéreas nacionais não estão sujeitos a esta nova emissão da FAA, mas sim à anterior da EASA.

Com informações da FAA e da EASA

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