FAB trabalha até abaixo de 0°C para assegurar o controle do tráfego aéreo no Brasil

Foto DECEA

Os termômetros marcavam 8.6°C negativos e nevara na madrugada da sexta-feira (21/08), em Urubici, na serra catarinense, onde está localizado o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI), organização subordinada ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II).

“Foi a menor temperatura registrada neste ano. A sensação térmica foi de -11°C. Em 2013, que teve uma grande nevasca, não chegou a essa temperatura. Apesar de todos os invernos que já passei tirando serviço no Destacamento, enfrentar as baixas temperaturas nunca é fácil”, relatou o Sargento Paulo Jefferson da Silva Inácio, que serve no Destacamento.

Cerca de 40 militares têm a missão de prover os meios necessários para o controle, a segurança e a defesa do espaço aéreo no sul do Brasil. A unidade conta com radares de vigilância e de meteorologia e sistemas de telecomunicações.

A equipe técnica trabalha em sistema de plantão 24 horas para garantir o funcionamento desses equipamentos. “O serviço técnico permanente no Destacamento é de suma importância, pois, uma parcela significativa da malha aérea da região sul do Brasil é abrangida pelo radar do DTCEA-MDI, sendo assim o técnico de serviço garante através de manutenções preventivas, e por vezes corretivas, o funcionamento permanente dos equipamentos”, afirmou o Sargento Inácio.

No inverno, as condições climáticas severas e adversas tornam o trabalho desses militares um grande desafio. “Nesta época do ano, é necessário ainda utilizar roupas especiais sobre a farda. Os militares usam o abrigo polar que resiste até uma temperatura de -25°C e botas canadenses para suportar o frio extremo”, explicou o Suboficial Joelson Oliveira Rocha Melo, encarregado da Seção Técnica.

A complexidade da estrutura se justifica pela importância estratégica da região: além de ser rota do tráfego aéreo de voos internacionais da América do Sul, no trecho entre as cidades de Buenos Aires, na Argentina, e São Paulo, no Brasil, atende a um grande fluxo de aeronaves menores, como táxis aéreos.

Reportagem: Denise Fontes – Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Fotos: Sargento Inácio (DTCEA-MDI) e Fábio Maciel (DECEA)

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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