Família de surdos cai em golpe de passagem, mas tripulante da Azul salva o dia

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Uma atitude nobre de um funcionário da Azul Linhas Aéreas fez dele um herói após um voo cancelado e uma família vítima de golpistas.

Divulgação – Azul Linhas Aéreas

O caso aconteceu no Aeroporto de Campo Grande e quem salvou o dia foi o agente de aeroporto Raphael Cavaleiro. Note-se que, na Azul, os colaboradores são denominados “tripulantes” internamente, de modo que o termo não se limita ao uso por pilotos e comissários.

Tudo aconteceu dias atrás, quando um voo foi cancelado no aeroporto e Cavaleiro foi atender a uma família de cinco pessoas. O pai e a mãe são deficientes auditivos, e estavam com duas crianças de colo, além de uma filha mais velha de nove anos.

Essa seria a primeira viagem deles de avião e quando a filha, que estava muito empolgada, entregou o bilhete aéreo ao agente, ele viu de cara que tinha algo errado ali. O bilhete era bem diferente do padrão da empresa e uma consulta ao código da reserva logo revelou o problema, já que não retornou nenhuma passagem válida.

Ele então perguntou aos pais, por intermédio da filha, como eles compraram a passagem. O casal, por sua vez, explicou que foi pelo Facebook, onde a pessoa que vendeu o tíquete acabou bloqueando eles após o envio do comprovante de pagamento. Era um golpe.

A família explicou que não teria condições de comprar uma nova passagem e entrou em desespero, ao passo que a menina começou a chorar. Cavaleiro ficou comovido e pediu licença à família, enquanto verificava o que poderia ser feito. Ele conta que foi então para o escritório e começou a chorar, triste pela família e indignado pela maldade do golpista.

Após se recompor foi até o seu supervisor e falou da sua ideia: comprar uma passagem para a família, usando dinheiro do próprio bolso.

Segundo relatos de colegas de Cavaleiro, que preferem permanecer de maneira anônima, ele custeou todas as passagens fora do seu benefício como tripulante da empresa (o benefício daria um grande desconto, mas só embarca se tiver assento sobrando no voo). Cavaleiro optou por pagar o “preço cheio” e garantir que a jornada da família fosse concluída.

Assim feito, ele entregou os novos bilhetes e foi recompensado com um abraço em conjunto, num belo gesto de gratidão.

No entanto, a história não terminou aí, mesmo mantendo tudo discreto, comentado apenas com a chefia e com um colega, a história chegou aos ouvidos do CEO da Azul, John Rodgerson, que dias depois ligou para agradecer Cavaleiro pela atitude.

Rodgerson também fez questão de contar a história e enviar no e-mail interno para todos empregados, como faz toda semana, destacando as boas atitudes da empresa. A companhia também reembolsou o funcionário após a ação.

São atitudes assim que fazem um mundo melhor para todos. Aqui também fica o nosso parabéns ao Raphael pela atitude exemplar.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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