FedEx amplia número de jatos MD-11F trazidos de volta do deserto para o céu

Avião McDonnell Douglas MD-11F FedEx
MD-11F da FedEx – Imagem: Alan Radecki Akradecki / CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Se por um lado temos visto a lenta e triste retirada dos clássicos trijatos MD-11F da frota da alemã Lufthansa Cargo, que agora conta com apenas um exemplar ativo, por outro lado, a americana FedEx deixa bem claro que a forte demanda do mercado aéreo cargueiro ainda torna bastante viável manter o modelo em operação.

A maior companhia aérea cargueira do mundo já vinha aumentando o número dos grandes trijatos ativos em sua frota no ano passado, desde o aumento do preço do frete aéreo no pico da crise aérea de passageiros, incluindo tanto a reativação de aviões estocados quanto a incorporação de outros, como alguns dos aposentados pela própria Lufthansa.

Mas o movimento não parou no momento mais crítico do ano passado. Segundo reporta o CargoFacts, a FedEx acaba de tirar mais um avião do deserto, o jato de número de série 48478.

Segundo dados do AirFleets, este MD-11F já estava há dois anos e meio fora de serviço, estocado desde fevereiro de 2019 no Aeroporto de Victorville, no deserto da Califórnia, depois de ter sido fabricado em 1992 como avião de passageiros para a Delta Air Lines e convertido em cargueiro para a FedEx em 2006.

Registrado sob a matrícula N521FE, o avião partiu de Victorville no último domingo, 15 de agosto. Seu destino, segundo histórico da plataforma de rastreamento RadarBox, foi Singapura, no Extremo Oriente, com uma parada técnica em Honolulu, no Havaí.

O MD-11F voando para Honolulu no domingo – Imagem: RadarBox

A FedEx operou o MD-11F regularmente em seus voos entre Memphis e Campinas (SP) até 2018, quando então substituiu o modelo pelo bimotor Boeing 767-300F, de menor capacidade.

Desde então, o trijato apenas é utilizado em algumas operações pontuais ao Brasil, e mesmo a grande demanda de carga aérea da pandemia não foi suficiente para levar a companhia americana a optar por escalar o modelo de volta de forma regular na rota.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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