Fim da linha: Airbus entrega o último jato A330-300

A Airbus entregou nesta semana a última unidade produzida do seu jato widebody mais popular, o A330-300, marcando o fim da sua linha.

Airbus A330-300
Último Airbus A330-300 a ser produzido – Foto de French Painter

O avião de matrícula EI-EIN foi o último A330-300 a ser produzido foi entregue para a irlandesa Aer Lingus. Com número de série 1952, foi o último dos 771 jatos A330-300 fabricados pela Airbus.

Atualmente, é o maior sucesso de vendas da Airbus na categoria de dois corredores e corpo largo (“widebody”), foram 785 encomendas contra 701 do irmão mais novo e menor, o A330-200, e contra 759 do seu sucessor A350-900XWB – até agora.

Popular no mundo, mas não no Brasil e Portugal

Um dos primeiros Airbus A330-300, da Air Inter © JetPix

O A330-300 decolou pela primeira vez em 1992, sendo certificado no ano ssguinte e iniciado as operações comerciais em 1994, com a finada Air Inter.

Ele foi o sucessor direto do A300, o primeiro avião comercial a jato da Airbus, e conquistou mercado com companhias asiáticas que precisavam de um avião grande para as rotas de alta densidade, mas que também pudesse cumprir voos longos.

Ele se estabeleceu como um concorrente do Boeing 767, com alguma superioridade em termos de capacidade e alcance, sem ter o custo de um 777 ou do seu irmão A340, com quatro motores.

Airbus A330-300 recebeu pintura especial na TAP

Apesar do A330-200 ter sido figura carimbada no Brasil e Portugal seja pelas asas da TAM, TAP ou Azul, a versão maior não pegou por aqui. Apenas a TAP operou por um curto período de tempo quatro unidades do modelo, que serviu como “tampão” até a chegada do novo A330neo.

Além da TAP, apenas as portuguesas Orbest e a subsidiária maltesa da HiFly operaram a versão -300. Os motivos de não ter ser popularizado não são totalmente claros, mas talvez tenham relação com a demanda. Isto porque, apesar do alcance do A330-300 ser menor, ele atenderiam a todas as principais rotas das empresas brasileiras e portuguesas, com uma capacidade superior ao A330-200. No entanto, parece que esse cenário está mudando.

Uma das provas disso é que a TAP, Azul, HiFly e Orbest optaram pelo A330-900neo que é substituto do -300 e não pelo menor A330-800neo que sucede o -200.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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