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Os gigantes AN-124 da Antonov continuarão voando mesmo após a suspensão da Volga

Antonov Airlines AN-124 Ruslan
AN-124 da Antonov Airlines

Na última quarta-feira, 25 de novembro, acompanhamos um novo passo no desenrolar dos fatos sobre o acidente com um avião cargueiro Antonov AN-124 Ruslan da companhia aérea russa Vulga-Dnepr, maior operadora mundial do modelo.

Diante da gravidade da falha de motor que levou ao acidente no dia 13 de novembro, a empresa russa decidiu tirar de operação todos os seus oito aviões Ruslan. Mesmo sem nenhuma emissão de tal orientação pelas autoridades regulatórias da Rússia ou pelas fabricantes Antonov (do avião AN-124) e Ivchenko-Progress (do motor D-18T), a companhia aérea informou que seu foco na segurança das operações faz com que a melhor opção seja deixá-los em solo até uma melhor avaliação das causas da falha.

O AN-124 da russa Volga-Dnepr após o acidente

A decisão da Volga-Dnepr, entretanto, não foi compactuada pela segunda maior operadora mundial do modelo, a Antonov Airlines, companhia aérea ucraniana que faz parte do próprio grupo Antonov que projetou e construiu os AN-124 durante os tempos da União Soviética.

Segundo reporta o The Load Star, a empresa aérea declarou ontem, 26, que continuará voando normalmente com suas sete unidades do Ruslan, independente do comentário da Volga de que ela também deveria parar seus jatos.

Isso porque a Antonov Airlines afirma que “mantém altos padrões de segurança de voo e garante a manutenção e aeronavegabilidade de sua frota em cooperação e com o nível máximo de suporte técnico dos titulares dos certificados de tipo do AN-124-100 e do motor D-18T.”

A declaração não apenas confirma que a ucraniana confia que seus cargueiros estão seguros, mas também dispara uma clara crítica aos russos, que nos últimos anos têm buscado desenvolver certificações próprias para as manutenções e operações do modelo após rompimento de relações com a Antonov.

O rompimento já havia levado a própria fabricante ucraniana a fechar uma parceria com a Boeing em julho de 2018, para que a indústria norte-americana passasse a fornecer peças e componentes ocidentais em substituição aos que antes eram providos por empresa russas.

Além de manter seus AN-124 voando, a Antonov Airlines completa dizendo que planeja uma operação adicional de sua frota de aeronaves para compensar a falta dos jatos da Volga-Dnepr tirados de operação.

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