GOL apresenta dados de janeiro, com forte redução de 40% na malha

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A GOL Linhas Aéreas divulgou na noite de ontem, 11 de fevereiro, sua Atualização ao Investidor referente a janeiro de 2021, em informações preliminares e não auditadas, revelando que, após meses de forte alta, o mercado doméstico brasileiro teve uma grande reversão neste início de ano.

Nesse primeiro mês do ano, a companhia aumentou sua capacidade para uma média de 489 voos por dia, um incremento de 3% em relação à média de 476 voos em dezembro/20. Foram 628 voos diários em dias de pico, atendendo Clientes que voaram durante as férias de verão. Apesar disso, entre o início e o fim do mês, a malha precisou ser bastante reduzida, como será visto mais abaixo.

A GOL também atingiu um novo recorde de passageiros transportados desde o início da pandemia, com mais de 93 mil Clientes atendidos em um único dia. A receita bruta consolidada mensal da Companhia foi de R$810 milhões e a taxa de ocupação média foi de 83,2%, patamar consistente em relação aos meses anteriores.

Em janeiro/21, houve um crescimento de 16% na busca por passagens aéreas da GOL, em relação a dezembro/20. Entretanto, apesar desses sinais promissores, a Companhia registrou redução de 18% no volume de vendas durante esse mês, em função da queda na demanda por viagens decorrente da “segunda onda” de casos de Covid-19 no Brasil, combinada com Clientes aguardando pela vacinação e início da baixa temporada.

Como resposta à queda nas vendas, a malha aérea da GOL foi reajustada em janeiro, representando uma redução de 40% entre a primeira e a quarta semana do mês. Com isso, o PRASK (receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos) foi de 22,08, uma variação de +2,4% sobre dezembro/20 e uma variação ano/ano de -12,5% em relação a janeiro/20, evidenciando o foco em manter as operações sustentáveis.

“Atravessamos um dos anos mais desafiadores da história da aviação comercial, e sabemos que a retomada não será linear”, disse Paulo Kakinoff, Diretor-Presidente. “Após meses de recuperação no tráfego doméstico, com taxas de crescimento entre as maiores nos principais mercados do mundo durante a pandemia, estamos vendo uma contração na demanda de viagens devido ao crescimento do número de casos de Covid-19 no Brasil, combinado com o aumento de restrições para voos internacionais.”

Excluindo o serviço financeiro da dívida e o pagamento de passivos operacionais, o consumo líquido de caixa (“burn“) da GOL na operação totalizou R$1 milhão/dia em janeiro, uma reversão da geração líquida de caixa registrada em novembro e dezembro/20.

Para o primeiro trimestre de 2021, a Companhia estima um consumo líquido de caixa em R$2 milhões/dia, uma visão conservadora com base no recente aumento do número de casos de Covid-19 no Brasil.

A GOL estima ter liquidez suficiente para administrar e financiar capital de giro, despesas e serviço da dívida nos próximos meses, período de maior impacto no seu fluxo de caixa. A Companhia encerrou janeiro com aproximadamente R$2,2 bilhões de liquidez total, principalmente em função dos efeitos mencionados acima e pela redução no volume de recebíveis em aproximadamente R$100 milhões, decorrente do menor nível de vendas futuras (forward bookings).

Considerando os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da GOL superam R$5 bilhões.

Para acessar o documento na íntegra, clique aqui.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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