GOL espera ter simulador do Boeing 737 MAX e 17 aviões no ano que vem

Com a volta dos voos do Boeing 737 MAX, a GOL quer treinar seus pilotos no Brasil no ano que vem, quando deve receber mais 10 jatos do modelo, chegando a 17.

Cabine de comando do Boeing 737 MAX

O MOTIVO É A DEMANDA – Com a volta do MAX foi exigido o treinamento no simulador para todos os pilotos, algo que apenas a Copa Airlines, do Panamá, estava fazendo. Com isso todos os seus 34 operadores, que já receberam ao menos uma unidade do Boeing 737 MAX, terão que submeter todos os seus pilotos ao novo treinamento em simulador.

Para isso, o centro de treinamento da Boeing em Miami está sendo usado, mas está acima da capacidade. A GOL treinou inicialmente apenas 20 pilotos, e quer chegar até 140 em abril. Porém, para treinar todos os 1.500 pilotos da empresa, demandará tempo.

“Todos querem voar no simulador agora, não existe disponibilidade para a entrega de simuladores para agora, estamos negociando com as fabricantes dos simuladores para que tenhamos o nosso no Brasil até 2021”, afirma Celso Ferrer, diretor vice-presidente de Operações da GOL.

Segundo Ferrer e Sérgio Quito, Conselheiro de Segurança da companhia, a única grande diferença entre os dois simuladores, além de um novo painel que o MAX possui, é o sistema MCAS, que interfere no comportamento da aeronave para evitar o estol (perda de sustentação) em algumas situações, e que, por ter recebido informações incorretas acabou levando a dois acidentes no passado.

Agora, com as mudanças no software e hardware da aeronave, o MCAS recebe informação de duas fontes diferentes e, em caso de discordância, não entra em ação. Caso entre em ação, os pilotos conseguem com facilidade desativá-lo.

Próximo ano de grandes números

A empresa ainda espera fechar 2021 com 17 aviões, sendo 10 a mais que hoje. Apesar de poder receber novos jatos já nas próximas semanas, ainda em dezembro, ela optou por deixar as entregas para janeiro.

“Em negociação com a Boeing, ela informou que podíamos receber os aviões ainda este mês, mas se fosse próximo do Natal e Ano Novo não seria bom para nós, tem processo de nacionalização, Receita Federal, não vale a pena” afirmou Celso, em referência ao recesso que alguns órgãos públicos tem nos feriados de final de ano.

Já em 2022 a pesperctiva é receber um por mês, chegando a 29 jatos na sua frota até o final daquele ano, número que pode aumentar de acordo com a recuperação da demanda.

O maior 737 já feito e com 30 unidades encomendas pela GOL, o MAX 10, só chegará em 2024 para ser utilizado em rotas de São Paulo e Rio de Janeiro para o Nordeste, mas sem configuração interna definida ainda.

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Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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