GOL quer mais flexibilidade na regra de uso dos slots nos aeroportos

A GOL Linhas Aéreas solicitou à ANAC a reavaliação da regra de slots definida pela Resolução 440/2017. O pleito da empresa aérea é um tema que, vez ou outra, vem à tona, o que indica ser uma demanda comum das grandes companhias brasileiras.

Segundo informações recebidas de fontes próximas da empresa aérea, a GOL, operando no modelo “hub and spoke”, possui bancos de conexões em seus principais hubs, e a regra atual de slots deixa pouca flexibilidade para casos em que ocorrem atrasos ou necessidades de adequar a malha emergencialmente, ainda que isso requeira apenas alguns minutos além do horário estipulado.

Ou seja, pela regra atual, as empresas precisam vender e operar o voo exatamente na hora do slot que foi negociado com o operador do aeroporto e os serviços de navegação aérea. O que a Gol pede é que essa regra seja flexibilizada e que cada slot corresponda a um intervalo de 15 minutos para mais ou para menos, em relação a um horário-alvo e não mais um horário fixo preestabelecido.

Para ela, isso lhe daria fôlego para remanejar as rotas dentro de um intervalo de tempo para melhor coordenar os diferentes voos da malha, sem que isso resultasse numa punição operacional – por exemplo, um voo atrasado 10 minutos tenha que esperar uma hora a mais para partir por falta de horários disponíveis.

A empresa cita no pleito o documento FAA-2007-29320, da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA, que usa esse conceito do intervalo de 15 minutos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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