Um avião ‘0km’ mas nem tão novo é o mais recente jato Boeing 737 MAX que a GOL está recebendo hoje, e que iria originalmente para outro lado do planeta.
A empresa brasileira é uma das principais operadoras do 737 MAX no mundo e foi a primeira a voltar a voar comercialmente com o modelo da Boeing, que ficou parado por quase 2 anos após os acidentes.
Antes dos acidentes e da paralisação global do jato, a indiana Jet Airways tinha encomendado 75 unidades do modelo e chegou a receber três aviões.
Porém, as entregas foram suspensas com a paralisação do avião em março de 2019, na mesma época que a empresa definhava e começava a parar as operações.
Logo depois, em abril, as portas da Jet Airways foram fechadas e a empresa sucumbiu. Apesar das diversas tentativas, inclusive dos irmãos brasileiros Efromovich da Avianca, a aérea indiana não voltou a voar até hoje.
Com a recertificação do jato no final do ano passado, somada à retomada da demanda por transporte aéreo com a melhora da situação da Pandemia, os 737 MAX começaram a ser entregues rapidamente.
E como a Boeing tinha produzido algumas unidades para a Jet Airways e não as tinha entregue, começou a oferecê-las para outras operadoras, como ‘aviões de prateleira‘.
A GOL aproveitou a oportunidade para acelerar o recebimento da sua frota de 737 MAX e optou pelos aviões parados da Jet Airways. O primeiro deles está agora chegando em Belo Horizonte, onde fica o hangar da companhia, como você pode acompanhar abaixo:
Originalmente o jato foi pintado e configurado para a companhia indiana como VT-JXF, segundo dados do portal PlaneSpotters. Com a falência da Jet Airways, ele foi rematriculado como N533RL e agora receberá a matrícula PS-GPA.
Ele é o primeiro avião da GOL com o prefixo PS-, sendo que a empresa até agora só utiliza aviões com prefixo PR-, mas em março deste ano tinha reservado aviões com esta nova série liberada pela ANAC, como mostramos aqui.
Não se sabe ainda quantas aeronaves ex-Jet Airways virão para a GOL, mas este avião está com pintura e configuração de assentos da empresa, que inclui a executiva e tem capacidade para 174 passageiros, sendo que a GOL tem hoje os seus 737 MAX 8 configurados para 186 passageiros.