Gol se prepara para devolver mais jatos Boeing 737 que foram tampões do MAX

A Gol prepara-se para devolver mais jatos adquiridos em meados de 2019 como “tampões”, num momento em que o Boeing 737 MAX tinha sido impedido de voar e que a Avianca Brasil tinha acabado de sair do mercado.

Àquela época, quando ainda nem se sonhava com uma pandemia, a aviação crescia e a Gol precisava se preparar para absorver a demanda, que seria alocada aos Boeing 737 MAX. A parada do modelo gerou uma corrida, em várias parte do mundo, por aeronaves paradas e imediatamente disponíveis. No caso da Gol, ela conseguiu um punhado de jatos que outrora tinham voado na então recém-falida Jet Airways, da India.

Tais jatos têm sido descomissionados nos últimos meses e, outros devem seguir pelo mesmo caminho. Dois que estão nessa fila são o PR-GZE (msn 37743) e o PR-GZG (37746). Para ambos, a empresa aérea brasileira já teria iniciado os preparativos para mandá-los de volta ao seu dono, a SMBC Aviation Capital, empresa com sede na irlanda, mas pertencente ao banco japonês Sumitomo Mitsui Banking Corp.

Ambas as aeronaves já estariam passando pela etapa burocrática que antecede a devolução, como o pedido de cancelamento da matrícula brasileira na ANAC. Fontes próximas da empresa informaram ao AEROIN que, pelo menos uma das aeronaves, sairá do Brasil (atualmente está em BH) com sua nova matrícula OE-IWI e sem marcas da Gol. O voo ainda não tem uma data confirmada.

Além desses supracitados, dois outros aviões com as mesmas características podem ser devolvidos em breve, na medida em que mais Boeings 737 MAX chegam. São eles o PR-GZH e GZU, que também estão parados há meses em Confins.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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