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GOL terá todos os slots de MAP e Passaredo no Aeroporto de Congonhas

Mais detalhes surgiram da venda da MAP pela Passaredo (Voepass) para a GOL, que ganhará slots e não manterá operação no Norte.

Divulgação – MAP

Divulgada nas últimas horas de hoje, dia 8 de junho, a notícia surpreendeu parte do mercado, que estava de olho nas negociações da Azul para comprar a LATAM. Por outro lado, o anúncio não surpreendeu tanto, já que a GOL mantinha, nos últimos anos, diversos acordos operacionais com a Voepass – fruto da junção de Passaredo e MAP. Inclusive, nos últimos meses, surgiram acusações formais dos antigos donos da MAP dizendo que a GOL teria financiado a compra da regional amazonense pela ribeirão-pretana.

Agora, em e-mail enviado aos funcionários, o dono da Voepass, Comandante Felício, fala com empolgação sobre o futuro da empresa. Ao que tudo indica, Voepass deverá continuar a ser a marca oficial da Passaredo, mesmo após concluída a venda da MAP.

Segundo Felício, a venda foi estratégica para reduzir o endividamento da empresa, que sempre teve situação financeira delicada, assim como foi agravado pela crise gerada pelo coronavírus.

Slots em Congonhas

A venda incluirá 26 slots (par de horário de pouso e decolagem) no Aeroporto de Congonhas que hoje são da MAP. A Passaredo, na época da redistribuição dos slots da Avianca, ganhou 14 slots, e a MAP obteve 12, totalizando 26, número exato que será passado para a GOL.

O presidente esclareceu que, por agora, nada muda, dado que ainda há um tempo para que o processo de compra seja concluído, assim como seja aprovado pelas autoridades. Ele diz que “em momento oportuno, todos os colaboradores serão transferidos à empresa do nosso grupo que assumirá as operações no Norte, mantidas as condições de trabalho”.

Ao que tudo indica, a GOL não assumirá a operação no Norte do Brasil, onde a MAP nasceu e cresceu, funcionários e muito provavelmente parte dos aviões ATR continuarão dentro do Grupo Voepass. Fica evidente que a Gol busca os horários em Congonhas.

Outro ponto que chama a atenção, é que Felício cita que “não haverá nenhum aporte de recursos da GOL”, não esclarecendo se era esperado um aporte relacionado ao montante da venda ou algum investimento separado.

Leia a carta da Voepass aos funcionários:

Os detalhes ainda não foram divulgados, mas é esperado que, em breve, com encaminhamento do processo ao CADE, mais informações do plano regional da GOL sejam divulgados.