A responsabilidade climática chegou agora ao Google, que em sua ferramenta de pesquisa de voos introduziu uma calculadora de CO₂.
O recurso começou a funcionar hoje (6) no Google Flights, ferramenta de busca de voos integrada ao maior buscador da web, e que tem se tornado, cada vez mais, a principal maneira de pesquisar voos em companhias aéreas diferentes.
O legal desta nova função é que os valores não são fixos e variam de acordo com a aeronave operada. Obviamente, é uma estimativa, já que não leva em conta a quantidade de passageiros que o voo realmente levará, além de possíveis desvios na rota, esperas por tráfego aéreo e outras intercorrências que podem acontecer.
É possível inclusive classificar os voos por emissões de CO₂, assim como se lista por preço, horário de partida e conexões.
O AEROIN realizou um teste hoje em rotas em destaque, começando pela Ponte Aérea, onde a GOL se destaca por emitir 15% a menos dióxio de carbono, muito provavelmente porque seus aviões são os maiores em capacidade – 186 passageiros contra 180 da LATAM e 174 na Azul -, considerando os maiores jatos capazes de operar entre Congonhas e Santos Dumont de cada empresa.
Também foi possível comparar os valores de emissão de CO₂ na maior rota doméstica sem escalas feita no Brasil, que liga Porto Alegre e Recife com o Airbus A320neo da Azul. Por ser um voo direto, ele consome menos que um voo com escalas, mas a diferença não é gritante, confira:
Uma outra rota interessante de olhar a emissão de CO₂ é a de Campinas para Recife, que a Azul voa diariamente com o Airbus A320neo, A330-200ceo, A330-900neo, que é muito maior e feito para voos internacionais.
Neste caso, a média de emissões, segundo o Google, aumenta de acordo com o porte do avião, sendo que, no caso o A330neo, por ser de uma nova geração, possui uma emissão mais próxima do A320neo do que o A330ceo, que é maior, mas mais antigo.
A ferramenta ainda não informa se o voo tem compensação de carbono disponível, algo que no Brasil, por enquanto, é possível apenas pela GOL. Vale notar que, segundo a plataforma de crédito MOSS, que é parceira da GOL, a rota entre Recife e Fernando de Noronha despejaria 50 kg de CO₂ por passageiro, enquanto que no Google a mesma rota jogaria na atsmosfera 107kg de CO₂, o dobro do valor:
