ATUALIZAÇÃO: De última hora o governo sul-africano autorizou o voo, e a embaixada negocia um segundo fretado.
Mesmo com aeronave e tripulação prontas para levar os brasileiros de volta para casa, o governo sul-africano não quer deixar o voo da Latam ser realizado.
O mesmo jato, que aguarda autorização para voar até Joanesburgo, foi usado pela Latam para repatriar funcionários da MSC Cruzeiros para Bali, na Indonésia, em um fretamento. A ideia é que o avião retornasse de Bali, parasse em Jo’burg para resgatar os brasileiros presos na África do Sul, e seguisse para São Paulo. Mas talvez nem isso aconteça.
Complicações na África
Segundo a Embaixada do Brasil em Pretória, capital do poder executivo sul-africano, o governo local não autorizou até hoje (31) o voo da Latam, nem mesmo para a escala técnica, que agora poderá ser feita em Maputo no Moçambique, já que o presidente do país, Cyril Ramaphosa, se mantém firme no banimento de qualquer voo doméstico ou internacional no país.
Segundo informações, a embaixada brasileira no país estaria planejando um outro voo, com o itinerário Cidade do Cabo – Joanesburgo – São Paulo, dado que existem centenas de brasileiros na cidade costeira e que não conseguem se mover até a maior cidade sul-africana.
A programação original da aeronave, de chegar a Joanesburgo às 03h55 da madrugada do dia 1º e decolar para o Brasil às 04h55, está mantida por enquanto.
Ruim de qualquer jeito
Na verdade, há brasileiros presos também na Indonésia, no entanto, dada a quantidade e a situação das pessoas presas na África do Sul, que está em lockdown total, seu resgate foi priorizado. Esse grupo foi principalmente afetado pelos cancelamentos recentes dos voos da Latam e da South African Airways e são cerca de 300 pessoas.
Porém, o grupo preso na Indonésia, apesar de menor, também não tem alternativas para chegar ao Brasil. Sua única esperança agora seria o cancelamento da parada na África do Sul, na volta da aeronave. Se isso acontecer, a Latam pode buscar colocá-los no avião de volta.
É uma situação extremamente complicada, porque o destino de um grupo depende do destino de outro e, no fim, alguém acabará preso no exterior por mais algum tempo.