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Em meio a um período difícil para Embraer, com ritmo de pedidos em baixa há alguns anos e agravado pela pandemia da Covid-19, uma declaração de um executivo de uma grande empresa aérea na última segunda-feira, 15 de fevereiro, traz boas expectativas para a fabricante brasileira de aviões.
Segundo reportou a Bloomberg, Carsten Spohr, CEO do grupo Lufthansa, participou de um Simpósio da London School of Economics, e durante o webinário ele comentou sobre os atuais planos de reestruturação de frota em decorrência da nova realidade do mercado mundial de viagens aéreas.
O foco do executivo-chefe do grupo foi sobre as conversas com a Boeing e a Airbus, junto as quais a empresa possui encomendas de grandes aviões, como o 777X e o A350-900. O objetivo seria uma possível troca para modelos menores, embora ainda de longo alcance, para uma melhor adequação às perspectivas de lenta retomada do movimento e de contenção de gastos para lidar com os impactos financeiros da atual crise.
Mas Carsten também comentou, embora sem qualquer detalhamento, sobre conversas com a Embraer.
Dado que o grupo possui dezenas de aviões Embraer 190 e 195 na Lufthansa Cityline, Austrian Airlines e Air Dolomiti, seria natural uma possível substituição da frota pela nova geração E2 dos E-Jets, com foco em otimização da economia de combustível e manutenção.
Caso seja esse o objetivo, e o grupo opte pelo E2 ao invés do concorrente Airbus A220, seria uma importante conquista para a Embraer.
