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Após Air France-KLM, grupo British-Iberia também tem prejuízo de quase €7 bi em 2020

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Imagem: Maarten Visser / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

Dez dias atrás, acompanhamos a apresentação de resultados do Grupo Air France-KLM referentes ao impactante ano de 2020 da aviação mundial, em que a empresa reportou prejuízo líquido de € 7,1 bilhões, ou cerca de 48 bilhões de reais na cotação atual da moeda.

Agora, na última sexta-feira, 26 de fevereiro, outro grande player aéreo europeu apresentou seu resultado relativo ao fechamento do ano passado, e ele foi tão impressionante quanto o anterior. Foram € 6,9 bilhões de perda líquida do Grupo IAG, que controla, entre outras, a inglesa British Airways e a espanhola Iberia, enquanto em 2019 o montante havia sido um lucro de € 1,7 bilhão.

Fonte: Grupo IAG

A empresa teve uma receita com transporte de passageiros de € 5,5 bilhões, que representa uma diminuição de 75,5% em relação aos € 22,5 bilhões de 2020. No segmento de cargas, o valor foi de € 1,3 bilhão, um aumento de 16,9% em relação ao € 1,1 bilhão do ano anterior, mas, com pequena representatividade frente ao volume financeiro total, o bom momento da carga aérea teve baixa influência na redução das enormes perdas.

Em termos de receitas totais (incluindo demais serviços além dos voos de passageiros e de carga), o valor da receita foi de € 7,8 bilhões, queda de 69,4% ante os € 25,5 bilhões do ano anterior.

O forte resultado negativo se deu porque, enquanto as receitas tiveram as altas perdas descritas acima, os custos operacionais foram diminuídos em apenas 33,5%. Em 2019 eram de € 22,9 bilhões, enquanto em 2020 ficaram em € 15,2 bilhões.

Luis Gallego, CEO do Grupo, comentou o resultado:

“Nossos resultados refletem o sério impacto que COVID-19 teve em nossos negócios. Tomamos medidas eficazes para preservar o dinheiro, aumentar liquidez e reduzir nossa base de custos.

Apesar da crise, nossa liquidez continua forte. Em 31 de dezembro, a liquidez do Grupo era de € 10,3 bilhões incluindo um aumento de capital de € 2,7 bilhões e um compromisso de empréstimo de £ 2 bilhões do UKEF. Isso é maior do que no início do pandemia.

Em 2020, nossa capacidade diminuiu em 66,5 por cento, enquanto nossos custos não relacionados a combustível caíram 37,1 por cento graças ao esforço extraordinário em nosso negócio.

O Grupo continua a reduzir sua base de custos e aumentar a proporção de custos variáveis ​​para melhor corresponder à demanda do mercado. Estamos transformando nosso negócio para garantir que emerjamos em uma posição competitiva mais forte.

O faturamento da IAG Cargo aumentou em quase € 200 milhões, para € 1,3 bilhão. A carga ajudou a viabilizar os voos de passageiros de longa distância. Além disso, operamos 4.003 voos somente de carga no ano.

Gostaria de agradecer aos nossos funcionários em todo o Grupo por seu notável compromisso, resiliência e flexibilidade durante esta crise. Eles adaptaram-se rapidamente às novas formas de trabalho e fizeram grandes sacrifícios em termos de salário e tempo de trabalho. Nossas pessoas tiveram um papel central em tudo o que conquistamos durante esses tempos desafiadores.

A indústria da aviação está ao lado dos governos ao colocar a saúde pública no topo da agenda. Fazer com que as pessoas viajem novamente exigirá um roteiro claro para desfazer as restrições atuais quando for a hora certa.

Sabemos que há uma demanda reprimida por viagens e as pessoas querem voar. As vacinações estão progredindo bem e as infecções globais estão indo na direção certa. Estamos solicitando que sejam seguidos padrões de teste comuns internacionais e a introdução de passes digitais de saúde para reabrir nossos céus com segurança.”

O último dos grandes conglomerados de empresas aéreas na Europa, o Grupo Lufthansa, informará seus resultados referentes a 2020 na próxima quinta-feira, 4 de março.

Com informações do Grupo IAG

https://aeroin.net/grupo-air-france-klm-2020-prejuizo-7-1-bilhoes/

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