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Grupo Itapemirim quer participar das concessões dos aeroportos brasileiros

Concepção Artística – AEROIN

Ontem (15), o presidente do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva, falou à Folha de São Paulo sobre as ambições da empresa no mercado multimodal de transporte. Em certo momento, ele destaca que quer ganhar licitações para concessão de aeroportos. Essa foi a mesma entrevista em que o empresário revelou seu ideal de ter aviões Airbus A320 com 110 assentos, bem abaixo da média, como reportamos ontem.

Quando questionado sobre o Programa Voo Simples do Governo Federal, que traz um pacote de medidas para desburocratizar a aviação nacional, e que foi antecipado em primeira mão aqui no AEROIN, Piva fala sobre o fim do monopólio dos aeroportos.

É inadmissível ter apenas três companhias aéreas no Brasil e monopólio dos aeroportos“, em referência a Azul, GOL e LATAM, e depois à Infraero, que está diminuindo o escopo com a concessão dos aeroportos, os quais agora poderão ser 100% da iniciativa privada.

A jornalista Bruna Narcizo da Folha perguntou se a Itapemirim quer ter aeroportos, e a resposta de Sidnei é enfática: “Vamos participar de todas as concessões de aeroportos do país. Estamos aguardando os editais. Esse projeto já estava nos nossos planos, mas foi adiado pela pandemia. Nosso projeto é criar o maior programa de mobilidade de pessoas do Brasil. Vai do metrô ao avião. É um programa gigantesco. A companhia aérea já nasce com a estrutura das maiores do mundo“.

A referência ao metrô é explicada logo em seguida, já que Sidnei revela que a empresa quer participar das próximas licitações do metrô da capital paulista, além do que pretende abrir um banco digital no final do próximo mês. A estratégia do banco não foi detalhada.

FUNDOS ÁRABES – recentemente, numa entrevista ao Estadão, outro executivo do grupo, Rodrigo Vilaça, comentou que os fundos para a ITA Transportes Aéreos não viriam dos países árabes. No entanto, na entrevista à Folha de São Paulo de ontem, Piva também comentar o assunto e disse que todos esses projetos ficarão viáveis com captações de cerca de mais de R$ 2 bilhões junto a fundos dos Emirados Árabes Unidos. Não foram dados detalhes sobre a origem dos recursos ou o destino dentro do grupo.

Dentre os próximos aeroportos a serem leiloados pelo governo, estão o de Congonhas, Santos Dumont e Campo de Marte. Até o momento não existia restrição para que as empresas participantes do leilão não pudessem ser companhias aéreas.

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