Grupo Lufthansa decola novamente em junho com 160 aeronaves e 106 destinos

A partir de junho, Lufthansa, Eurowings e Swiss terão programas mensais de reinício de voos regulares para vários destinos na Alemanha e Europa. Desta forma, os cronogramas especiais de repatriação, que estiveram em vigor ao longo de dois meses, terminarão em 31 de maio.

Um total de 80 aeronaves serão reativadas junto com o “cronograma de junho”. Isso significa que um total de 106 destinos podem ser atendidos no próximo mês e que 160 aeronaves estarão em serviço nas companhias aéreas do grupo.

Segundo a empresa, as companhias aéreas do grupo estão, assim, respondendo ao crescente interesse dos clientes em viagens aéreas, após a gradual flexibilização das restrições e limitações de entrada nos estados federais alemães e de outros países da Europa e do mundo.

“Sentimos um grande desejo e saudade entre as pessoas de viajar novamente. Hotéis e restaurantes estão abrindo lentamente, e visitas a amigos e familiares estão, em alguns casos, sendo permitidas novamente”, diz Harry Hohmeister, membro do Conselho Executivo da Lufthansa.

A partir de junho, inúmeros destinos ensolarados como Mallorca, Sylt, Rostock e Creta estarão mais uma vez acessíveis. Mais detalhes da “programação de voos de junho” serão publicados no decorrer da próxima semana, disse a empresa aérea.

Os passageiros devem levar em conta os regulamentos atuais de entrada e quarentena dos respectivos destinos ao planejar sua viagem. Durante toda a viagem, as restrições podem ser impostas devido a regulamentações mais rigorosas de higiene e segurança, por exemplo, devido a tempos de espera mais longos nos postos de controle de segurança do aeroporto. Os serviços de bufê a bordo também permanecerão restritos.

A obrigação de usar uma máscara que cubra nariz e boca a bordo dos aviões, introduzida pelas companhias aéreas do Grupo Lufthansa em 4 de maio, permanece valendo.

Mudanças no grupo

Desde que as medidas restritivas ganharam força ao redor do mundo para impedir a circulação de pessoas e a disseminação do novo coronavírus, a Lufthansa implantou diversas medidas, algumas um tanto duras, para que pudesse manter-se saudável para o período pós-pandemia.

Além de colocar uma enorme quantidade de funcionários em licença e reduzir salários de pilotos em 45%, a empresa anunciou que vai aposentar 100 dos seus 760 aviões. Enquanto isso, um pacote de resgate continua sendo negociado com o governo alemão, que pode incluir até $9 bilhões de euros em incentivos tributários, financiamentos, perdão de dívidas aeroportuárias, e até uma participação do governo na empresa (embora sem direito a voto), etc. O pacote ainda está sendo definido e deverá ser divulgado oportunamente.

Durante esse período, a Lufthansa cortou muitos dos seus voos ao Brasil, mas manteve uma operação mínima para São Paulo.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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