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Holanda desiste de ajuda à KLM após pilotos recusarem redução salarial

Uma ajuda governamental equivalente a R$22 bilhões para a KLM foi suspensa, após negociações com os pilotos falharem. A empresa aérea precisa do dinheiro para dar giro em seu caixa e não demitir ninguém, mas a história não está muito bem contada.

A ajuda oferecida pelo governo dos Países Baixos é de €3.4 bilhões de euros, equivalente hoje a R$22 bilhões (na cotação de 30 de outubro), e seria necessária para ajudar a empresa passar pela crise do Coronavírus sem nenhuma demissão. Mas a ajuda está suspensa, já que os pilotos teriam se recusado a ter uma redução salarial de até dois anos, como medida de redução de custos e adequação a nova realidade da demanda de passageiros, e que é uma exigência do governo.

“É desapontadora esta recusa, é importante que todos saibam de suas responsabilidades e entendam que a KLM está numa crise existencial”, afirma o ministro holandês de finanças, Wopke Hoekstra.

A data limite para o acordo com os sindicatos era domingo e, como não foi atingida, a ajuda não será fornecida à empresa nesse momento. Ontem, Wopke já afirmou que não quer entrar em discussão novamente com os sindicatos e que esse papel cabe à KLM.

Segundo o Business Insider, todos os outros sindicatos de pessoal de terra e comissários teriam aceitado as condições, mas faltaria o dos pilotos, que insiste em negociar outros termos para os próximos dois anos.

Para Wopke a decisão está com a KLM e seus sindicatos, já que o governo não irá mais ceder espaço. A empresa aérea que, segundo seu CEO Pieter Elbers, está passando “por tempos sem precedentes que precisam de processos sem precedentes e medidas sem precedentes”, continua conversando com o sindicato que representa os pilotos, o FNV.

Já a FNV, através de seu representante sindical Joost van Doesburg no Aeroporto de Schipol em Amsterdã, apresenta outra versão das negociações: “Nós já negociamos e fizemos acordo com a KLM para sacrificar nosso salário por quase 2 anos e meio. Queremos que essa regra se aplique à todos: pessoal de solo, comissários, pilotos. O fato é que após estas assinaturas do acordo, a empresa pediu que firmássemos um compromisso de redução para cinco anos, ao mínimo”, afirma Joost.

Quem será que está contando a história verdadeira e qual será o final dessa crise na empresa aérea mais antiga do mundo somente o tempo dirá.

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