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Muita polêmica foi gerada na Inglaterra nessa semana depois que o International Consolidated Airlines Group (IAG), controlador da British Airways, parabenizou os ingleses por novas medidas para salvar a economia ao mesmo tempo em que declarou que nada muda nos planos de demissões em andamento na companhia aérea.
Segundo a mídia inglesa, Willie Walsh, executivo-chefe (CEO) do IAG, deu a seguinte declaração em uma carta ao comitê parlamentar de transportes:
“Fiquei satisfeito ao ver o anúncio do Chanceler de que o CJRS (esquema de retenção de empregos com coronavírus) está sendo ampliado. Louvamos o Chanceler por sua decisão e aplaudimos seus esforços para dar vida a uma economia agonizante. Suas ações fornecerão um alívio adicional ao nosso pessoal e aos nossos negócios.
No entanto, precisamos agir agora para garantir o número máximo de empregos possível, consistente com a realidade de um setor de aviação estruturalmente alterado em uma economia global gravemente enfraquecida.
Quero confirmar, portanto, que não interromperemos nossas consultas ou suspenderemos nossos planos.”
O IAG havia dito no final de abril que é provável que a maior parte dos funcionários da British seja afetada pelos planos de adequação à crise, o que pode resultar na demissão de até 12.000 pessoas.
Assim, a confirmação dessa semana, de que nada muda para a companhia aérea, gerou críticas intensas no país. O Presidente do comitê, Huw Merriman, por exemplo, reagiu à resposta de Walsh, dizendo que a decisão da British Airways de seguir com os “cortes devastadores” foi “decepcionante” e “não foi o que as pessoas esperariam da nossa porta-bandeira nacional”.
Merriman também criticou a companhia aérea por estar “feliz em receber o dinheiro dos contribuintes” de um esquema criado pelo governo para salvar empregos, enquanto prossegue com um “abate” de sua força de trabalho “leal”.
A extensão do esquema de subsídio salarial anunciado pelo Chanceler Rishi Sunak na terça-feira (12) pretendia afastar os empregadores de um “precipício”, mas, segundo o The Guardian, Walsh disse que a extensão só dá ao IAG “mais alguns dias” de respiro.
A British possui cerca de 4.500 pilotos e 16.000 tripulantes de cabine somente em termos da força de trabalho de bordo, e cerca de 23.000 funcionários da empresa como um todo já haviam sido colocados em licença até o fim de abril.
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