Início Acidentes e Incidentes

Imagens: o dia em que um enorme Jumbo não conseguiu parar no pouso

Acidente Boeing 747 SkyLease Halifax

Um Boeing 747-400 da Skylease Cargo, de registro N908AR, acidentou-se durante o pouso em Halifax, no Canadá, em 7 de novembro de 2018. A aeronave cargueira estava executando o voo GG-4854, de Chicago O’Hare (EUA) para Halifax com 4 tripulantes, quando pousou na pista 14 do aeroporto canadense, que tem comprimento de 2350 metros, às 05:06 na hora local.

Mas não conseguiu parar completamente no pouso. Ultrapassou o final da pista, desceu um desnível do terreno, atropelou uma antena de auxílio de pouso por instrumentos e parou cerca de 200 metros após o final da pista.

Os quatro tripulantes sofreram ferimentos leves, mas a aeronave sofreu danos substanciais, com os trens de pouso arrancados e sua fuselagem apresentando rugas de deformação. Todos os motores também foram seriamente danificados, com os motores nº 2 e nº 3 sendo arrancados e os motores nº 1 e nº 4 ficando bastante destruídos.

De acordo com um comunicado da torre de Halifax, a aeronave estava em uma aproximação ILS (por instrumentos devido a condições limitadas de visibilidade) para a pista 14, com ventos de 260 graus a 14 nós no momento do contato inicial por rádio do Jumbo com a torre.

O código 14 da pista indica que a mesma fica no rumo magnético aproximado de 140º, o que coloca o vento de 260º com uma componente de cauda de 30º. Aeronaves geralmente pousam com vento de proa, ou seja, com vento “na cara”, para permitir uma menor velocidade de aproximação e um pouso mais curto. Um vento de cauda tem efeito contrário, aumentando a velocidade de pouso e a distância necessária para a parada da aeronave.

Cerca de 90 segundos depois a torre relatou que os ventos agora eram de 260 graus a 16 nós, e com rajadas de 21 nós, e perguntou se a pista 14 ainda era aceitável. A tripulação confirmou e a torre liberou a aeronave para pousar na pista 14. Pouco tempo antes da aterrissagem, a torre reportou ventos de 250 graus a 15 nós e rajadas de 21 nós.

Cinco minutos após o contato inicial por rádio, a tripulação relatou que havia saído da pista e precisava de apoio total de emergência. A torre então ativou o alerta de acidente. Ao chegarem os primeiros veículos de apoio, foi relatado que havia um pequeno incêndio na cauda.

Até o momento, o órgão de investigação canadense TSB (Transportation Safety Board) não divulgou mais informações sobre as causas da ocorrência ou recomendações de segurança para a aviação.

Confira a seguir mais imagens do Boeing 747 acidentado, e logo após as imagens, o curiosos caso de um outro 747 que repetiu o acidente de um A330 no mesmo voo.

Sair da versão mobile