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Foi publicada uma decisão na tarde da quinta-feira (14) que tira a estatal Infraero do Aeroporto Carlos Prates em Belo Horizonte, num movimento que pode dar fim ao aeroporto.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e tira a atribuição de exploração da Infraero sobre o aeroporto, mas não informa quem será o futuro explorador do local. Isso tem gerado vários rumores na comunidade aeronáutica local, que teme um fechamento do aeroporto, que é o maior polo formador de aeronautas do país em número de escolas de aviação e aeronaves de instrução ali baseadas.
Essa decisão foi assinada pelo Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, que já declarou no passado que pretende passar para concessão ao governo mineiro e que o aeroporto de Carlos Prates deverá ser fechado e ter sua operação transferida para a Pampulha.
No entanto, isso não é definido no documento, e toda a logística e espaço que seriam necessários na Pampulha não foram debatidos. Além do mais, existe um ponto importante nisso: o dono do terreno.
Carlos Prates foi o segundo aeroporto da capital mineira, construído anos depois do Aeroporto da Pampulha. O terreno era uma fazenda de propriedade de Alípio de Melo, grande figura da cidade e que cedeu terreno ao aeroclube com uma condição: que ele fosse usado para fins aeronáuticos.
Caso o uso do terreno fuja a este fim e seja usado para construção civil (que é o que se especula há anos), ele pode ser reclamado pela família de Alípio de Melo e o assunto virar um imbróglio judicial.