Invasão de hackers russos em oleoduto está obrigando aviões a fazerem pousos extras

white passenger plane flying over the city during sunset
Foto de Shoval Zonnis via Pexels.com

O grupo de hackers russo DarkSide está sendo apontado pelo FBI como responsável pelo ataque de ransomware no Colonial Pipeline, que causou o fechamento do oleoduto que fornece mais de 2,5 milhões de barris por dia para o sudeste dos Estados Unidos. Isso representa cerca de 45% do fornecimento de gás e querosene de aviação na região.

Os hackers roubaram quase 100 Giga de dados e ameaçaram publicá-los. O oleoduto foi fechado para investigação e, com os computadores desconectados, não consegue liberar o fluxo de óleo e cobrar pelo uso do insumo. Ainda não há um prazo para retomar o fornecimento total.

A Casa Branca, por sua vez, declarou estado de emergência que, entre outras coisas, permitiu o transporte de mais óleo por caminhão.

Nos aeroportos

As empresas aéreas que operam em aeroportos afetados estão adicionando escalas extras em voos de longa distância. Um exemplo são voos saindo de Charlotte para o Havaí ou Europa, que estão tendo paradas em outros aeroportos para reabastecimento, antes de seguirem aos seus destinos finais.

Isso permite um consumo controlado onde pode haver falta do produto. Voos da American Airlines para Honolulu, por exemplo, têm feito paradas em Dallas.

Outra medida drástica da American diz respeito ao uso de aeronaves widebody para levar combustível de outros lugares para Charlotte, a fim de que ele seja drenado dos tanques na chegada e, depois, sirvam para abastecer a outras aeronaves menores. Mas esse procedimento, que envolve riscos e custos extras, ainda estaria em análise e somente seria adotado em caso de escassez real do combustível.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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