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As negociações para novos aviões da Iran Air podem se reiniciar em breve e a empresa nacional iraniana já enviou um comunicado à Boeing em que cobra as novas aeronaves.
Se os EUA entrarem de novo no Acordo Nuclear com o Irã, que promete a redução de sanções em troca do não-enriquecimento de urânio e da diminuição dos estoques atuais, as negociações dos aviões poderiam continuar. Entre as sanções que seriam retiradas está a proibição de venda de produtos ou componentes americanos para o país persa.
Como Trump retirou os EUA do acordo logo no início do seu mandato, em 2017, a Boeing não conseguiu finalizar a negociação que mantinha com a Iran Air e a Airbus ficou impedida de entregar mais aviões, já que eles possuem componentes americanos.
Naquela altura, já prevendo que Trump poderia impedir a venda, a Airbus conseguiu acelerar algumas entregas para a Iran Air, chegando a pegar dois A330 da Avianca Brasil que estavam estocados (e sem previsão de virem ao Brasil) e os repassou para a companhia iraniana, como revelamos aqui com exclusividade na época.
Agora, com os anúncios do Presidente Biden de colocar os EUA de volta no acordo, a Iran Air não quer perder tempo. Ao contrário disso, ela já se antecipou e “enviou uma carta para a Boeing para entender em que pé está a negociação”, afirmou o chefe da Agência de Aviação Civil do Irã, Dehqani Zanganeh.
Antes de Trump deixar o acordo, a Iran Air tinha negociado com a Boeing dezenas de jatos 777, inclusive alguns que haviam sido encomendados originalmente pela Turkish Airlines. No entanto, a negociação de repasse das aeronaves dos turcos para os iranianos acabou atrasando o processo e nenhum triplo-sete foi entregue à Iran Air.
Entre os primeiros acordos e a recolocação das sanções por Trumop, apenas 13 aviões foram entregues, sendo todos franceses, da Airbus e da ATR.
