A Iran Air anunciou nesse domingo (08) a suspensão de todos os seus voos para a Europa até novo aviso, mas a decisão está ligada a uma questão técnica e política, e não ao coronavírus.
O comunicado divulgado pela empresa não mencionou a nova epidemia de coronavírus como causa, citando apenas “restrições” impostas pelas autoridades europeias por “razões desconhecidas”.
Segundo vários sites especializados, em 3 de fevereiro, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) proibiu as aeronaves da Iran Air de adentrarem o espaço aéreo europeu.
A proibição atingiu o Airbus A321 e os dois Airbus A330-200 (ambos iriam para a Avianca Brasil) que a empresa utiliza para os voos até a Europa.
Mas o motivo que levou à proibição foi revelado pela mídia iraniana, e seria porque os três aviões não puderam ser submetidos a atualizações necessárias do software norte-americano que auxilia a navegação aérea dos jatos.
#BREAKING:That’s the #US sanctions not #CoronaVirus which has resulted cancellation of all #IranAir flights to #Europe.#EASA has not issued TCO license for #Iran Air over inability of the airline in getting update for software of FMS of its Airbus A321 (EP-IFA)& A330s (EP-IJA/B). pic.twitter.com/pt0wy6P5NZ
— Babak Taghvaee (@BabakTaghvaee) March 8, 2020
A companhia operava voos para vários destinos europeus, incluindo Paris, Londres, Amsterdã, Estocolmo, Frankfurt, Viena e Roma, mas a frota foi atingida por sanções norte-americanas após Washington encerrar um acordo nuclear com o Irã.
Com isso, a empresa fornecedora do software ficou impedida de disponibilizar a atualização à Iran Air, resultando na suspensão dos voos imposta pela EASA por conta do risco de se operar as aeronaves sem a versão mais atual do programa.