Embora a JetBlue Airways continue avaliando um potencial substituto para seus Embraer 190, um alto executivo enfatiza que a companhia aérea pode finalmente decidir por manter a aeronave.
O diretor financeiro Steve Priest diz que os E190 da JetBlue, apesar de terem custos relativamente altos, são particularmente bons em rotas de curta distância e alta freqüência, como em Boston, onde a JetBlue tem uma grande e crescente presença. “Uma opção é manter os E190s”, disse Priest durante a JP Morgan Aviation, Transportation and Industrials Conference. “O E190…é uma ótima aeronave para nós, particularmente no mercado de Boston”.
Durante a mesma conferência, o vice-presidente executivo de planejamento da JetBlue, Marty St George, disse que a JetBlue vê a oportunidade de expandir seus voos diários em Boston de 150 para 200.
A quota de mercado de 31% da companhia aérea em Boston é menor do que outras operadoras normalmente ocupam nas chamadas “cidades-foco”, observa St George. “Normalmente, o compartilhamento da cidade-foco é muito, muito superior a 31%. É uma das razões pelas quais somos tão otimistas quanto às oportunidades no mercado”, diz St George.
Os executivos da JetBlue deixaram claro que estão considerando a substituição de 60 E190s pelos E-Jets E2 da próxima geração da Embraer ou pelo CSeries da Bombardier.
A companhia disse que os E190s são relativamente caros para operar, citando altas despesas de manutenção: “Quando olhamos para o E190, temos alguns empecilhos do ponto de vista da manutenção. Isso desencadeou a possível substituição”, disse Priest.
A Air Canada enfrentou uma decisão similar e, em 2016, decidiu substituir seus E190s pelos CS300s. A companhia canadense estima que essas aeronaves custarão 12% menos para operar por cada quilômetro em relação aos E190, disse o gerente financeiro Michael Rousseau, durante a conferência do JP Morgan.
A JetBlue pretendia concluir a revisão da frota até o final de 2017, mas os prazos se estenderam. Priest diz que a aquisição da Airbus de 50,01% do programa CSeries no ano passado e as notícias subsequentes de que a Boeing procura uma parceria com a Embraer, “mudaram a dinâmica” da revisão.
“Estamos conversando com as fabricantes existentes…Estamos passando por essas discussões no momento”, diz ele. “Em breve, temos que obter nossa decisão de alocação de capital”.
Informações pelo FlightGlobal.