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Jumbo Boeing 747 aborta decolagem em Frankfurt, quando já corria a 240 km/h

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No último dia 15 de maio, um cargueiro Boeing 747-400 da Air Atlanta Icelandic abortou a corrida de decolagem no Aeroporto Frankfurt am Main, na Alemanha, quando estava prestes a decolar, necessitando, assim, de auxílio de solo após a ocorrência.

Boeing 747 decolagem abortada Frankfurt
O B747-400, TF-AMN, na pista auxiliar em Frankfurt – Imagem: The Aviation Herald

A aeronave, de matrícula islandesa TF-AMN, realizava o voo SV-375 para a Saudi Arabian Airlines (nas cores da Magma Aviation), e estava decolando do Aeroporto Frankfurt am Main rumo ao Aeroporto Internacional de Al Maktoum, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Durante a corrida de decolagem pela pista 07R de Frankfurt, e quando a sua velocidade em solo estava em 129 nós (239 km/h), os pilotos decidiram abortar o procedimento, desacelerando bruscamente, resultando no bloqueio de uma das pistas do aeroporto. Os serviços de emergência atenderam à aeronave, que precisou ter seus freios resfriados.

O Jumbo permaneceu em solo por cerca de três horas, vindo a decolar posteriormente para seu destino. Não houve reporte sobre deflação de algum pneu devido ao aquecimento dos freios após a rejeição do procedimento de decolagem.

Obviamente, dependendo das condições do aeroporto, do clima e do próprio fator de carga da aeronave, um Boeing 747 pode ter diferentes velocidades de decolagem (V1, Rotate, V2). A frenagem como a desse 747 é considerada segura antes da velocidade V1.

No entanto, para se ter um parâmetro, assista ao vídeo abaixo, que mostra a velocidade de rotação de uma aeronave 747-400 da Lufthansa. O Jumbo atinge 240 Km/h após 30 segundos rolando na pista e decola a 315 km/h.

Sistemas de proteção nas rodas

As rodas de várias aeronaves comerciais possuem dispositivos (fusíveis térmicos) que protegem os pneus de explodirem se os freios ficarem muito quentes. Um fusível térmico é um pequeno parafuso oco preenchido com metal de baixo ponto de fusão (como o estanho na solda usada em circuitos eletrônicos).

No caso de uma roda ficar muito quente, o metal macio no fusível térmico derrete a uma temperatura predeterminada para permitir que o pneu esvazie com segurança, ao invés de explodir com a expansão do gás interno. Os fusíveis térmicos são montados dentro do cubo da roda.

Uma unidade do trem de pouso principal do 747; no total, nariz e principal somam 18 rodas

Geralmente os fusíveis térmicos entram em ação após uma frenagem pesada durante uma decolagem rejeitada em alta velocidade. Após a aeronave parar, os conjuntos de freio quentes continuam a aquecer as rodas até que os núcleos dos fusíveis térmicos atinjam a temperatura de fusão e esvaziem os pneus.

Pelo jeito, no caso do 747 em Frankfurt a temperatura não atingiu o limite de ação do fusível térmico. Não há informações sobre o motivo da rejeição de decolagem.

B747 seguem sem pausa nas operações

Dados obtidos no Fligthtradar24 demonstram que a aeronave TF-AMN prosseguiu operando interruptamente após o incidente do dia 15 em Frankfurt, voando diariamente desde então.

Veja na matéria abaixo um caso recente em que outro Boeing 747 terminou com os pneus murchos após abortar uma decolagem.

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