Durante a apresentação de resultados a investidores, na manhã da quarta-feira, 4 de março, os executivos da Latam proveram uma atualização quanto a situação de três Boeing 787 parados em Santiago com problemas de motores.
Segundo seus executivos, o Grupo Latam Airlines espera ter toda a sua frota de Boeing 787 de volta à operação até o terceiro trimestre desse ano, após um longo tempo tendo que lidar com problemas nos motores Rolls-Royce Trent 1000 que equipam a frota.
Ao longo dos últimos anos, a Latam Chile, e como outras operadoras do mundo, conviveram com problemas constantes devido à parada dos aviões por necessidades de manutenções recorrentes nas pás dos motores, que apresentavam corrosão excessiva e risco de quebra, inclusive durante o voo.
Vale ressaltar que quebras chegaram a acontecer, sendo a última delas com um avião da Norwegian, logo após decolar de Roma, no final de 2019.
Já houve 13 aviões parados
No caso da Latam, os Boeing 787 do grupo ficam concentrados no Chile e operam voos para a subsidiária local. Embora não tenham acontecido incidentes com seus aviões, especificamente, a empresa optou por tomar medidas preventivas e trabalhar com um menor número de ciclos entre as revisões, resultando em aeronaves paradas mais vezes ao longo do ano e por mais tempo, já que as inspeções do tipo buroscópicas, que visam identificar trincas, consomem mais tempo.
Em paralelo, a fabricante dos motores tem trabalha na solução final do problema. A Rolls-Royce tomou um plano de ação por dois caminhos: desenvolveu pás mais robustas e mudou o controle digital do motor para que o sistema possa controlar melhor a ressonância e mitigar o risco de trincas.
Enquanto o assunto não é totalmente resolvido, as empresas aéreas têm de lidar com contingências. No caso da Latam, a empresa hoje tem uma média de três Boeing 787 parados para manutenção preventiva, de um total de 24 aeronaves do modelo na frota. Mas esse total já chegou a 13 aviões parados em meados de 2018, causando bastante dor de cabeça.
De fato, a Latam teve que trazer aeronaves de outras empresas aéreas para substituir os Dreamliners parados, como foi o caso de um A330 da Wamos Air e, mais recentemente, de um Boeing 777-200, que voou sem nenhuma pintura na fuselagem.
