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LATAM planeja cortar pedidos de Airbus A350 e Boeing 787.

TAM Airbus A350 LAN Boeing 787

A LATAM Group, a maior companhia aérea da América Latina, disse que a crise no Brasil pode resultar em cancelamentos ou atrasos de alguns de seus 53 aviões widebodies que ainda serão entregues.

A companhia está revisando os 27 pedidos de A350 feitos pela TAM e os 26 de Boeing 787 feitos pela LAN. O arrendamento de 6 futuros 787 da Aercap poderia também ser um risco.

“A TAM comprou os A350 há 10 anos, e nós 7 anos atrás compramos o 787”, disse o CEO da LATAM, Enrique Cueto em uma entrevista ao Washigton Post. “Esperávamos que a economia do Brasil crescesse em uma taxa de 4% ao ano, quando na atualidade está decrescendo nessa taxa.” complementou Cueto.

Com aproximadamente 150 aviões baseados no Brasil, a LATAM precisa enxugar a frota em torno de 10% este ano para a capacidade encontrar a taxa atual de demanda, continuando com corte de 2% em 2017, complementou o CEO.

As ações da LATAM na bolsa de Nova Iorque (NYSE) caíram 3,6% no início da tarde. A companhia disse que os pedidos de 787-8 foram todos convertidos para 787-9, a versão maior do 787 Dreamliner. Não está claro se as aeronaves restantes da Airbus estão vulneráveis para cancelamento ou se ficariam fora do Brasil e haveria um corte nos pedidos do 787. Tanto a Airbus quanto a Boeing não comentaram o caso.

Meta de $3 bilhões de doláres

Os cálculos da parte brasileira da companhia indicam que o mercado doméstico brasileiro caiu 10,3% nos primeiros 5 meses de 2016. No sentido oposto, o total da LATAM no Chile, Peru, Argentina, Equador e Colômbia subiu 7% no mercado doméstico e 6,8% no internacional.

A LATAM disse que irá reduzir os aviões ativos, economizando $3 bilhões de doláres até 2018, renegociando pedidos, vendendo aviões e deixando contratos de lease expirarem.

Cueto, disse ainda em Dublin, que as parcerias com a American Airlines e a IAG – grupo que controla a British Airways e Iberia, irá ajudar a amenizar o mercado e dar mais competitividade com as 3 aéreas ricas do Oriente Médio (Emirates, Etihad e Qatar). Conseguir aprovação para o nível de cooperação mais próximo possível entre as companhias irá durar mais um ano, segundo o diretor executivo da LATAM.

“Quando temos a British Airways, American Airlines e Iberia, você consegue conexões que eles tem e podem oferecer algo para os passageiros que não seria possível fazendo sozinho.” concluiu Enrique Cueto.

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