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LATAM Airlines pode devolver aviões após pedir Recuperação Judicial, veja a lista

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O Grupo LATAM entrou nesta madrugada com pedido de Recuperação Judicial nos Estados Unidos, como parte de sua estratégia para proteção de seu capital e reestruturação. Após o anúncio, surgiram informações de que algumas aeronaves podem ser devolvidas aos lessores.

LATAM
Airbus A350 da LATAM

No comunicado ao mercado, a empresa não informou sobre uma possível devolução de algumas aeronaves, algo que seria natural em qualquer processo de reestruturação e “right-sizing”, além do que é recorrente que os lessores (os donos dos aviões, que os alugam para as companhias aéreas) procurem renegociar os contratos ou até mesmo retomar as aeronaves numa situação de deterioração da situação creditícia.

Um dos motivos apontados pela LATAM no pedido Recuperação Judicial, na forma do Chapter 11 dos EUA, foi uma dívida de 2017, que não foi paga no meio deste mês, referente exatamente à aquisição de novas aeronaves.

Inclusive, a Fitch Ratings, maior agência de avaliação de risco do mundo, rebaixou a nota de crédito da empresa de B- para CC, após tomar conhecimento desta dívida não paga, além de outros motivos relacionados com a capacidade de pagamento no curto prazo da empresa. No entanto, é importante destacar que tal dívida de leasing ainda pode ser renegociada até o dia 31 desse mês (próximo domingo).

Agora, com o Chapter 11, a cobrança dessa dívida e de outras anteriores ficam suspensas, mas isso não impede uma retomada de aeronaves pelos seus donos. Isso também é possível que aconteça no Brasil, onde a empresa não entrou em RJ e, mesmo se tivesse entrado, a lei permite retomada de aviões, como aconteceu com a Avianca Brasil.

Desde a publicação da notícia na madrugada, o AEROIN tem recebido informações de várias fontes próximas do assunto e de empresas de leasing sobre as possíveis devoluções.

Essa abaixo é a primeira lista de possíveis aeronaves a serem retiradas da frota, a qual foi divulgada pelo jornalista Seth Miller, do portal PaxAero, e confirmada por diversas fontes. Ela engloba 19 aeronaves das filiais chilena e brasileira do Grupo LATAM. Confira a lista com as matrículas:

  • Boeing 787-9 Dreamliner: CC-BGE, -BGF, -BGG e -BGH;
  • Airbus A319: PR-MAL;
  • Airbus A320: PR-MAZ;
  • Airbus A321: PT-XPM, PT-XPN, PT-XPQ, PT-XPJ, PT-XPL, CC-BEE, CC-BEF, CC-BEG, CC-BEH, CC-BEI e CC-BEJ;
  • Airbus A350XWB: PR-XTA e PR-XTB;

Uma outra lista, que circula em redes sociais, aponta que os aviões brasileiros acima (com prefixos PT- e PR-), juntamente com mais quatro A350 de matrículas PR-XTC, -XTD, -XTM e -XTG, também seriam devolvidos, totalizando 23 possíveis aeronaves saindo da frota da companhia.

Segundo esta segunda lista, todos os aviões citados estariam proibidos de voar, visando evitar possível retomada de posse inesperada em algum aeroporto, como aconteceu na Avianca Brasil (que, inclusive, chegou a ter um avião retomado após um voo ter sido embarcado, com passageiros dentro), uma ação que não passaria uma boa imagem para nenhuma empresa.

Vale lembrar que são informações preliminares e não-oficiais, sujeitas a mudanças. O fato é que já existia uma previsão anterior de que dois A350 da LATAM iriam para São Carlos para serem estocados, não o PR-XTA e -XTB, mas sim os que retornaram da Qatar Airways na semana passada.

Além disso, a Delta emitiu hoje um comunicado ao mercado em que informa ter cancelado a compra de quatro A350 da Latam. Embora tenha se desfeito do negócio, a empresa americana disse que continua com a joint-venture com a empresa latina, mesmo após o pedido de recuperação judicial.

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