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Leilão de aeroportos da 6ª rodada soma R$ 3,3 bilhões, mais de 1500% acima do mínimo

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Representante da Companhia de Participações em Concessões bate o martelo ao final do leilão

O leilão da 6ª rodada de concessão aeroportuária realizado na manhã desta quarta-feira, 7 de abril, na B3 (antiga Bovespa), relativo aos 22 aeroportos divididos entre os Blocos Sul, Central e Norte, resultou no montante de R$ 3,302 bilhões, frente ao valor mínimo de R$ 186,2 milhões inicialmente definido no processo para as contribuições iniciais a serem pagas, o que representa um ágio de mais de 1500%.

Este valor mínimo total era dividido da seguinte forma entre os três Blocos:

  • Bloco Sul: mínimo de R$ 130.230.558,76
  • Bloco Norte: mínimo de R$ 47.865.091,27
  • Bloco Central: R$ 8.146.055,39

Para todos os três Blocos, os lances ofertados pelas proponentes vencedoras superaram significativamente os valores mínimos definidos. Veja a seguir os resultados:

Bloco Sul

Composto pelos aeroportos de Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Navegantes/SC, Londrina/PR, Joinville/SC, Bacacheri/PR, Pelotas/RS, Uruguaiana/RS e Bagé/RS, o Bloco Sul, com lance mínimo de R$ 130.230.558,76, foi arrematado pela Companhia de Participações em Concessões pelo valor inicial de R$ 2.12 bilhões, um ágio de 1634%.

As propostas ofertadas, de três empresas, foram as seguintes:

  • Companhia de Participações em Concessões, via corretora Mundinvest
    • R$ 2.128.000.000,00
  • Aena Desarrollo Internacional, via corretora Novinvest
    • R$ 1.050.000.000,00
  • Infraestrutura Brasil Holding XII S/A, via corretora Ativa
    • R$ 300.000.000,000

Bloco Norte

Composto pelos aeroportos de Manaus/AM, Porto Velho/RO, Rio Branco/AC, Cruzeiro do Sul/AC, Tabatinga/AM, Tefé/AM e Boa Vista/RR, o Bloco Norte, com lance mínimo de R$ 47.865.91,027, foi arrematado pela Vinci Airports por R$ 420 milhões, um ágio de 777,47%.

As propostas ofertadas, de duas empresas, foram as seguintes:

  • Vinci Airports, via corretora Planner
    • R$ 420.000.000
  • Consórcio Aerobrasil, via corretora Guide Investimentos
    • R$ 50.000.000

Nicolas Notebaert, CEO da Vinci, durante discurso após o encerramento do leilão

Bloco Central

Composto pelos aeroportos de Goiânia/GO, São Luís/MA, Teresina/PI, Palmas/TO, Petrolina/PE e Imperatriz/MA, o Bloco Central, com lance mínimo de R$ 8.146.055,39, foi arrematado pela Companhia de Participações em Concessões por R$ 754 milhões, um ágio de 9156%.

As propostas ofertadas por três empresas foram as seguintes:

  • Companhia de Participações em Concessões, via corretora Mundinvest
    • R$ 754.000.000
  • Consorcio Central Airports, via corretora Necton Investimentos
    • R$ 40.327.869,56
  • ACI do Brasil S/A, viacorretora XP Investimentos
    • R$ 9.787.878,99

Além dassa contribuição inicial a ser paga na assinatura dos contratos, as novas concessionárias deverão pagar também outorga variável sobre a receita bruta, estabelecida em percentuais crescentes calculados do 5º ao 9º ano do contrato, tornando-se constantes a partir de então até o final da concessão. Trata-se de mecanismo para adequação dos contratos às oscilações de demanda e receita ao longo da concessão.

Próximos passos

A etapa seguinte do leilão, no dia 14 de abril, será a entrega dos documentos de habilitação dos proponentes vencedores. A assinatura dos contratos de concessão deverá ocorrer após a homologação do resultado pela Diretoria da ANAC. Confira os próximos passos:

Os novos concessionários dos 22 aeroportos leiloados nesta quarta-feira deverão fazer investimentos da ordem de R$ 6 bilhões durante os 30 anos da concessão. De acordo com os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs), os investimentos estimados por bloco de aeroportos serão de R$ 2,86 bilhões para o Bloco Sul, R$ 1,8 bilhão para o Bloco Central e de R$ 1,48 bilhão para o Bloco Norte.

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