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A gigante do setor de carga aérea Atlas Air afirma que não irá devolver o dinheiro dado pelo governo americano como parte do popularmente chamado “coronavoucher”.
A decisão foi informada pelo CEO da empresa, John Dietrich, segundo reporta o portal de notícias NewsBreak.
A Atlas foi uma das quatro companhias aéreas cargueiras que pediram uma espécie de auxílio-emergencial ao governo americano, chamando de CARE Act, que visa proteger os empregos de milhões de americanos em meio à crise do coronavírus.
Outras gigantes do setor de logística, como a FedEx Express e UPS Airlines, não recorreram à ajuda, mas a Atlas recebeu US$ 406 milhões como compensação pelos impactos gerados pela Pandemia de Covid-19.
Isso porque, como cita o próprio CEO, inicialmente a empresa teve perdas acumuladas com o fechamento da China, que foi o primeiro epicentro da doença. Foram semanas com o principal exportador do mundo fechado, inclusive no Ano Novo Lunar, uma data importante para o país oriental, nãos endo possível prever que depois o cenário mudaria.
Mas com a reabertura da China e fechamento de fronteiras para turistas pelo resto do mundo, voos de passageiros que também levam carga foram amplamente cancelados, aumentando a demanda dos voos puramente cargueiros.
Os preços do frete aéreo chegaram a duplicar ou até a quadruplicar dependendo da época da Pandemia e da rota a ser feita. Com isso, a Atlas Air viu suas ações dispararem e registrou um lucro líquido de US$ 74,1 milhões no terceiro trimestre de 2020.
As outras empresas cargueiras acompanharam o ritmo e não registraram prejuízo. Assim, o congresso americano cobrou de volta o dinheiro dado pelo governo a algumas companhias cargueiras, mas, pelo menos em relação à Atlas, não deverá receber tão fácil.
“Nós não tínhamos como prever que conseguiríamos cumprir nossa folha de pagamento”, afirma o CEO, citando que a empresa atendeu a todos os requisitos para receber o coronavoucher.
“Por todas estas razões (incluindo fechamento da China por semanas), não pretendemos devolver o dinheiro dado. Estamos respondendo de acordo com os requisitos do governo e também cooperando com o comitê do congresso”, afirma John.
Agora, para o dinheiro ser devolvido, os congressistas precisarão provar que alguma cláusula na ajuda previa a devolução em caso de lucro, ou que a intenção não era dar dinheiro para quem tivesse boas receitas ao longo da crise.
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